Negrinho do Pastoreio
(Conto Gaucho)
Negrinho do Pastoreio
Lenda comum no Rio Grande do sul, tem origem cristã e africana,
se popularizou com as tendências abolicionistas, relata a sina de um menino
negro de seus quatorze anos.
Um fazendeiro muito malvado com seus escravos e peões
mandaram o Negrinho pastorear seus cavalos, no retorno deu falta de seu baio, castigou
o Negrinho com uma surra de mango, e mandou que o menino retornasse com uma
corda para amarrar o animal, porém a corda se rompeu e o animal se perdeu no
campo novamente.
O fazendeiro mais irado ainda mandou que amarassem o
Negrinho a uma arvore junto a um formigueiro.
No dia seguinte quando foi dar conta de sua vitima levou um
tremendo susto, ao pé da arvore estava o Negrinho sem nenhum machucado, junto a
ele a Virgem Nossa Senhora; diante disto o fazendeiro ajoelhou-se no chão
beijou a mão do Negrinho e pediu-lhe perdão.
Negrinho nada respondeu montou o baio e saiu pastoreando
toda a cavalhada.
Até os dias de hoje quando se perde alguma coisa os mais
velhos costumam aconselhar a ascender uma vela para o Negrinho do Pastoreio
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