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KLM levou nazistas para a Argentina
(Oscar Nimitz)

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Documentos sigilosos dos arquivos nazistas são abertos, após 50 anos mantidos em segredo, tristes e decepcionantes verdades aparecem e, mesmo aqueles que imaginávamos isentos da malignidade, nos referindo, especificamente, aos holandeses, também pactuaram com as monstruosidades nazistas. A companhia aérea KLM é acusada de ter organizado uma "rota de evacuação" de criminosos nazistas através da Suiça. A denúncia foi feita no programa "Netwerk", exibido pela televisão pública holandesa. O destino final era a Argentina. Esses criminosos não poderiam fazer essa viagem livres, leves e soltos, pois já naquela ocasião, eles eram proibidos de sair da Alemanha! O historiador Marc Dierikx e o jornalistaSander Rietveld encontraram documentos na Suíça, Estados Unidos, Argentina e Holanda, os quais mostraram que um representante da KLM na Suiça, M.Frick, pediu às autoridades helvéticas que permitissem a entrada em Genebra de passageiros da KLM que procediam da Alemanha sem a documentação necessária. Porém, no documentário, a companhia aérea holandesa negou que Frick fosse seu funcionário e prometeu investigar os fatos. Essa informação, no entanto, não foi inédita, pois o pesquisador norte-americano de origem argentina Uki Goñi, já há muito tempo, revelou tudo isso no livro "A verdadeira Odessa". O documento causou escândalo na Holanda já que o então príncipe Bernhard, pai da atual rainha Beatriz, era o diretor da KLM Os acontecimentos denunciados se baseiam em documentos desclassificados da diplomacia norte-americana, disponíveis na web da National Archives and Record Administration(NARA). Segundo dados fornecidos pelo Centro Simon Wiesenthal, cuja principal função é a busca de criminosos nazistas, a Argentina recebeu mais de 150 antigos membros do regime de Hitler. As autoridade holandesas ajudaram os hitleristas prendendo cidadãos judeus, ciganos e homossexuais. No ano passado, a companhia holandesa de estrada de ferro pediu, publicamente, perdão por ter transportado pessoas aos campos de extermínio.



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