BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


A Ilusão do Sufrágio Universal
(Mikhail Aleksandrovitch Bakunin)

Publicidade
Filósofo, anarquista convicto, Mikhail Aleksandrovitch Bakunin,nasceu na Rússia em 1814 e faleceu na Suiça em 1876. Ele afirmava que os homens acreditavam que o estabelecimento do sufrágio universal garantiria a liberdade dos povos. A compreensão dessa ilusão levou à queda, e à desmoralização do partido radical. Eles acreditavam e prometeram ao povo a liberdade através do sufrágio universal. Inspirados por essa crença, eles insurgiram as massas a derrubar os governos aristocráticos estabelecidos. Atualmente depois de aprender com a experiência, e com a política do poder, os radicais perderam a fé em si mesmos e em seus princípios. Mas tudo parecia tão natural e tão simples: uma vez que os poderes legislativos e executivos emanavam diretamente de uma eleição popular, conseqüentemente haveria a vontade popular, a liberdade e o bem estar da população. A decepção com o sistema representativo está na ilusão de que um governo e uma legislação surgidos de uma eleição popular devem representar a verdadeira vontade do povo. O povo espera duas coisas: a maior prosperidade possível combinada com a maior liberdade de movimento e de ação. A tendência dos governantes sejam legisladores ou executores das leis, atingida certa elevação de posto, vêem a sociedade da mesma forma que um professor vê seus alunos. Há o sentimento de superioridade, que decorre da superioridade de conhecimento do professor sobre o aluno. Quem fala de poder político, fala de dominação e os que são dominados detestam os que dominam. Esta é a eterna história do saber, desde que o poder surgiu no mundo. A causa principal é apenas a mudança de posição e, portanto, de perspectiva. Na suíça, a classe governante é completamente diferente e separada da massa de governados. Aqui, apesar de a constituição política ser igualitária, é a burguesia quem governa, e é o povo, quem obedece a suas leis. O povo não tem tempo livre ou educação necessária para se ocupar do governo. Já a burguesia tem ambos. Portanto, na Suíça, como em outros países a igualdade política é apenas uma ficção pueril, uma mentira. Separada como está do povo, como pode a burguesia expressar, nas leis e no governo, os sentimentos, as idéias, e a vontade do povo? Na legislação e no governo, a burguesia é dirigida principalmente por seus próprios interesses, sem levar em conta os interesses do povo. É verdade que todos os nossos legisladores, assim como todos os membros dos governos cantonais são eleitos diretamente pelo povo. É verdade que, em dia de eleição, mesmo a burguesia mais orgulhosa, deve curvar-se diante de sua Majestade, a Soberania Popular. Mas, terminada a eleição, o povo volta ao trabalho, e a burguesia, a seus lucrativos negócios e às intrigas políticas. Não se encontram e não se reconhecem mais. Como se pode esperar que o povo, oprimido pelo trabalho e ignorante da maioria dos problemas, supervisione as ações de seus representantes? Na realidade, o controle exercido pelos eleitores aos seus representantes eleitos é pura ficção, já que no sistema representativo, o controle popular é apenas uma garantia da liberdade do povo, é evidente que tal liberdade não é mais do que ficção.



Resumos Relacionados


- E Agora Dilma Rousseff? (crÔnica)

- República

- O Poder Unificado Dos Reis

- P

- Eleição; Uma Festa Da Democracia



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia