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Em Busca de Curitiba Perdida (Mistérios de Curitiba)
(Dalton Trevisan)

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Esta crônica é uma narrativa em primeira pessoa, onde o narrador usa muito a expressão viajar, para enfatizar a forma como aprecia os pormenores que caracterizam a narrativa. Usa a palavra viajar de várias formas; quase sempre no final dos períodos. A crônica fala de uma cidade que tem mil e uma facetas, sempre enfocadas através de seus personagens que não são aqueles "para inglês ver", mas sim as meninas pálidas do subúrbio, o menino pidão, as normalistas de gravatinha, o Candinho que é o rei dos cafetões, os varredores da madrugada, o maestro Mussurunga etc.Também enfoca os lugares e os compara. As pensões familiares de estudantes; "Não a do Museu Paranaense (...), mas do templo das Musas; do expresso Xangai que apita na estação, último trenzinho da revolução de 30" etcAssim vai falando das "Curitibas" que ele viaja e das que não viaja. Critica a Curitiba que tem pinheiro e céu azul, essa Curitiba é para inglês ver. A que ele viaja é a Curitiba província, cárcere, lar. Lamentações de CuritibaDescreve uma cidade em pleno caos do juízo final. É narrada em primeira pessoa. Em meio as citações bíblicas, é descrita uma cidade cheia de particularidades que vão sendo expostas de acordo com a tragédia da narrativa. Detalhes das pessoas e dos lugares são encaixados na tragédia, um a um, em cada situação em que são particulares na cidade de Curitiba pela visão do autor."O relógio da Praça Osório marca a hora parada no dia de sua visitação" (a visitação do Senhor)."Os abutres afiam seus bicos recurvos...""Cada um exibe na testa o estigma da besta...""A estátua do Marechal de Ferro madrugará com os olhos na nuca...""Os ipês na Praça Tiradentes sacolejarão os enforcados..." "...as damas alegres da Dinorá atearão fogo às vestes..." "No rio Belém serão tantos os afogados que a cabeça de um encostará nos pés de outro..."Todas essas passagens marcam o dia da visitação do Senhor que em meio às citações bíblicas, a crônica faz uma mescla que é marcada sempre por uma interferência de lamentação e profunda tristeza pelo fim de toda saga curitibana.
Existem algumas comparações e metáforas da cidade, como nos trechos:"Dá uivos ó rua 15, berra, ó Ponte Preta, uma espiga de milho debulhada é Curitiba: sabugo estéril.";"O dia virá no meio do maior silêncio — com um guincho." e Escorrerá devagar o tempo como azeite derramado..." O narrador culpa os homens de terem habitado a cidade e assim fazerem dela uma desgraça, diz que seria melhor que fosse um deserto em vez de "cercada de muros", para mais uma vez ficar sem nenhum habitante. No desfecho existe uma extrema lamentação do caos inevitável:
"Ó Curitiba Curitiba Curitiba, estendes os braços perfumados de giesta pedindo tempo...""Ó Curitiba Curitiba Curitiba, escuta o grito do Senhor feito um martelo que encerra os pregos"
E aqui se arremete profético:"Teu próprio nome será um provérbio, uma maldição, uma vergonha eterna."Por fim anuncia outros juízos finais:"Não tremas, ó cidadão de São José dos Pinhais (...) munícipe de Colombo, a besta baterá vôo no degrau de tuas portas."



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