O Coronel e o Lobisomem
(José Cândido de Carvalho)
O Coronel e o Lobisomem é um romance escrito em primeira pessoa. O protagonista Ponciano de Azevedo Furtado, neto de Simeão, oficial superior da Guarda Nacional, uma espécie de herói picaresco dos Campos dos Goitacazes, estado do Rio de Janeiro, conta suas façanhas e seu esforço em lutar contra as mais variadas formas de injustiça: contra o valente de circo, contra o cobrador de impostos, contra o tipo agiota. Uma espécie de cavaleiro andante das causas perdidas, solteirão rico, bastante cobiçado pelas mães ansiosas pelo casamento de suas filhas. Apesar de fraco no entendimento de coisas econômicas e administrativas é um forte na arte de desencantar assombrações e cair na artimanha de mulheres casadas. Esse romance foi inspirado na literatura de cordel e na fábula, além de fazer um retrato dos resíduos da sociedade patriarcal brasileira, valorizadora da coragem e atrelada à superstições e atavismos de toda a natureza. Esse realismo "fantástico" ou "mágico" pode ser entendido como a resposta artística ao fenômeno da perda da magia do mundo, resultado do violento choque entre o Ocidente que avança e os povos extra-europeus que se revoltam, tentando consciente ou inconscientemente defender seus patrícios. É ainda uma vez, a luta do instinto contra a civilização; do primitivo contra o moderno, do mágico contra o racional, do imaginário contra o real.
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