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Dependência emocional: a base do assédio moral (cont.)Dra. Elizabeth Zamerul*Mas, o respeito parece um argumento tão irrefutável! Por que o assediado não enfrenta seu chefe? Por causa do seu distúrbio, isto é, da crença de que precisa daquele chefe para se realizar na carreira e do seu medo de perder o emprego ou algo mais. Isto também faz com que ele ceda às vontades, jogos ou imposições do chefe. Além disto, quanto mais severa a dependência, pior será a auto-estima, o sentimento de inferioridade, de não merecimento, baixa autoconfiança, pouco autoconhecimento e incompetência para administrar as próprias emoções.Assim, colocando-se como dependente na relação, o assediado abre uma brecha perigosa para o abuso de poder por parte do outro. O processo de dominação é lento e crescente. Inicialmente, pela sua própria fragilidade, o colaborador atribui a si a culpa pelas humilhações ou maus-tratos do chefe. Quando “acorda” e tenta escapar das garras daquele, está ainda mais frágil e não sente forças para tanto, o que agrava o assédio. O número de assediados é maior entre as mulheres porque elas aprendem a dar mais importância às relações desde criança e têm mais tendência a colocar o chefe no lugar da autoridade provedora das suas necessidades, ou seja, elas depositam nele as funções de um pai (ou mãe), o que demonstra a imaturidade.A boa notícia é que é possível curar este distúrbio. Para isto, uma pessoa precisa reconhecer a sua contribuição na gênese do problema e procurar ajuda através de livros de co-dependência, ou pedir ajuda ao RH da empresa, de um psicoterapeuta etc.O roteiro para sair desta relação doentia é a pessoa aprender a tirar o chefe do centro do problema e a observar mais o seu próprio comportamento. Ela iniciará um caminho de autodescoberta e retomará o seu poder para se cuidar, assegurar-se em si mesma e achar seus próprios rumos para tornar-se profissionalmente realizada. Assim, tornando-se emocionalmente independente e adulta ela não mais precisará do amparo e aprovação de um chefe e sim quererá usufruir destes aspectos do bom relacionamento líder-liderado porque, na medida adequada, são muito bons e saudáveis.Fonte: Portal HSM On-line 25/04/2007 Zamerul, Elizabeth Sócia/presidente da Realize - desenvolvendo inteligências e autora do livro Corações poderosos – uma visão positiva das emoções no trabalho
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