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O Bebê chegou: acolhimento e narrativa de histórias
(Luciana Tenorio)

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O acontecimento de uma gravidez, para determinados casais ou famílias, é sempre um momento de sentimentos muito intensos e especiais. Seja uma gravidez planejada, querida ou desejada no momento de sua descoberta, ou seja ela rejeitada, isso certamente terá conseqüência para a forma como esta criança será recebida pelo ambiente familiar. Esse momento, que no senso comum, é idealizado para ser visto como algo especial, miraculoso, maravilhoso e de felicidade, em muitos casos, está na realidade permeado por sentimentos negativos ou pelomenos ambíguos, de medo, de angústia, de agressões e desafeto. São sentimentos, as vezes até contraditórios, que podem até estar coexistindo num mesmo momento e que torna os relacionamentos interpessoais em família algo bem complicado.
O desenvolvimento infantil saudável é sensivelmente marcado pelo acolhimento familiar nos momentos mais elementares da vida. A forma como a criança é acolhida por sua família, vai ser determinante no seu crescimento e desenvolvimento bio-psico-sócio-cultural.
Este acolhimento precoce, por parte do meio onde essa criança chega, seja por feito pela sua família e sua comunidade, vai ser determinante no processo de desenvolvimento desta ao longo de sua vida. Além disso, esse novo ser também altera o meio com a sua chegada.
Contar histórias, cantar cantigas de ninar e conversar carinhosamente com o bebê, desde o início de sua vida é uma tarefa que ajuda a formar vínculo saudável entre o recém-nascido e o seu meio. Esta pode ser facilitada com essa atividade simples e de extremo acolhimento. De certa maneira, esse curso de desenvolvimento vai ser também determinado por esse bebê. Já a mãe oferece a esse ser aparentemente totalmente desamparado, um ambiente acolhedor, dentro do qual este pode ser contido e acarinhado. A fala e a conversa são formasde acarinhamento e acolhimento. Nesse momento, ainda não importa tanto o conteúdo que se conta mais o ato de aproximação física e emocional que, por exemplo, a narrativa de histórias e as cantigas também promovem. Estamos na verdade, com isso reencontrando de forma cíclica o velho hábito que os velhos avós tinham de transmitir as novas gerações experiências e conceitos. Esta noção de transmissão intergeracional, pode ser de modelos saudáveis e positivos e mas também de negativos e doentios.
Para que estejamos aqui hoje interagindo com o meio coletivo do qual fazemos parte dependemos de uma legião incalculável de pessoas e criaturas que sobreviveram sim, as guerras, as pestes e aos acidentes com fenômenos naturais. É re-significando o conteúdo socialmente transmitindo e quebrando determinados sistemas de crença que tornamos possível a transformação de uma realidade e de comportamentos e relacionamento. O ser humano morre e adoce por falta de amor.
O uso da atividade de contar histórias nesse sentido tem como objetivo a construção da identidade e a melhoria do relacionamento entre a família e o bebê ainda no útero e depois do nascimento, o que é estruturante na qualidade futura de adaptação as adversidades e frustrações ao longo da vida.



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