IRAQUE: PRESSÕES PERTURBAM BUSH
(AP)
Conselheiros do presidente dos Estados Unidos consideram que George W. Bush deve manter a estratégia em relação ao Iraque e não retirar tropas deste país. O comandante das forças militares norte-americanas no Iraque, general David Petreaus, e o embaixador dos Estados Unidos em Bagdad manifestaram a opinião de que a haver algum corte no contingente presente no Iraque ele não deve ser mais do que simbólico. As declarações foram proferidas um dia depois de George W. Bush, em visita rápida ao Iraque, ter afirmado que estaria na disposição de retirar tropas do território iraquiano, numa aparente concessão a pressões que tem sofrido, designadamente do Congresso dominado pelos democratas. Tais pareceres coincidem igualmente com informações segundo as quais o Government Accountability Office (GAO), um organismo de peritos constituído para o efeito, terá concluído que o governo iraquiano falhou na concretização de 11 dos 18 objectivos políticos e de segurança definidos pelos Estados Unidos. As metas foram estabelecidas há oito meses, como base para o reforço do contingente norte-americano no Iraque em 30 mil homens. A visita de Bush ao Iraque não atenuou, antes reforçou, as pressões que incidem sobre o presidente norte-americano perante o insucesso das prestações militares no Iraque. Congressistas democratas, e mesmo republicanos, têm defendido a retirada gradual e a prazo definido do contingente militar no Iraque; o próprio presidente admitiu, entretanto, dar passos nessa direcção; as opiniões do general Petraeus e do embaixador em Bagdad surgem ao encontro dos desejos do governo iraquiano quanto à manutenção do contingente militar dos Estados Unidos em solo do Iraque. As indecisões de George W. Bush quanto ao Iraque e a situação grave que permanece neste país ameaçam seriamente as possibilidades da corrida republicana à eleição presidencial do próximo ano.
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