O diário de um mago
(Paulo Coelho)
No Caminho das Pessoas Comuns reside o extraordinário. Segundo livro de sucesso de Paulo Coelho, traduzido em dezenas de idiomas e apreciado pelo mundo afora pelo seu talento de entreter pessoas com suas historias, cheirando a lendas e segredos. A grande fraternidade que congrega todas as ordens esotéricas do mundo é conhecida como Tradição. O autor deseja tornar-se um mago da Ordem de RAM – Rigidez, Amor e Misericórdia. Para isto, ele deve partir em busca de uma espada que está em algum lugar no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. As descrever a peregrinação, o autor convida cada um dos leitores a uma viagem ao interior de si, ao encontro com os tesouros da Alma. Durante sua jornada, o aspirante a mago deve realizar rituais variados, como o exercício da semente, o exercício da velocidade, o exercício da água, o exercício da crueldade, o exercício do globo azul. Há também a descrição do Ritual do Mensageiro, uma cerimônia de casamento que serve de pretexto para introduzir o tema das varias formas de amor. Depois disso, o peregrino confronta o medo que sente da morte e aprende uma curiosa maneira de achar a solução de um problema concentrando-se em todas as possíveis respostas erradas para o mesmo. Passando de uma cidade a outra, conhecendo pessoas e paisagens, o mago cumpre sua missão, chega a seu destino e entende que ‘as pessoas sempre chegam na hora exata nos lugares onde são esperadas’. Esta é uma metáfora simpática da jornada humana sobre o planeta, e o estilo do autor, lembrando as histórias de mistério, magia e aventuras ao gosto dos adolescentes, encanta o leitor. A obra pretende ser autobiográfica, fica ao critério do leitor decidir da veracidade dos fatos ou do uso da licença poética por parte do escritor.
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