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Cora Coralina
(Gislaine Maltez Costa)

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Poetisa Cora Coralina
Uma mulher que nasceu em 20/08/1889 chamada Ana Lins do Guimarães foi a grande poetisa do Estado de Goiás e, por incrível que pareça publicou seu primeiro livro aos 75 anos e muitas de suas obras chegaram até Carlos Drummond de Andrade, quando ela tinha 90 anos. Quando já possuía um pseudônimo Cora Coralina publicou seu primeiro conto em 1910 intitulado “Tragédia na Roça”. Na seqüência de sua trajetória casou em 1911 com um advogado divorciado e com ele teve seis filhos. Já sentia a necessidade de integrar-se uma área literária, porém quando teve a chance de participar à Semana de Arte Moderna seu marido não deixou e, em 1934 foi ser vendedora de uma livraria. Não desistindo do que desejava lançou em 1965 o livro “O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais”. Cora Coralina só tinha a instrução primária e como profissão doceira, mas teve que abandonar a mesma devido à fratura do fêmur direito.
Seu sucesso e suas obras retratavam o povo de seu Estado, costumes, cultura e, tudo era dentro de uma espontaneidade e de um carisma fabuloso. Sua história é de que em 1932 pela Revolução Constitucionalista alistou-se como enfermeira e através de alguns dons como costurar bibicos (bonés), uniformes, aventais fez algo que no momento precisava. Com isso tornou-se ousada e deixou para trás preconceitos sociais. Viúva desde 1934, montou uma pensão, depois um pequeno comércio, a Casa de Retalhos. E na década de 50 vendia um pouco de tudo e queria mesmo era a posse da sua antiga casa e que por usucapião, a mesma se transferiu para um sobrinho. Após voltar à sua casa envolta de móveis antigos e um fogão de lenha, retomou o ritmo de escrever e, só queria escrever, escrever. Aprendeu aos 70 anos datilografar e iniciou uma cronologia de escritos. Dentre seus poemas um teve destaque em 1962 - LEITURAS CRÍTICAS - "Poema com Açúcar" Para Aninha Doces e poemas Poemas que são doces Doces de poemas De Cora doceira De Cora da ponte De Cora da fonte... da vida Canto o poema Poema de encanto Poema que aflora Da doce Cora Alma com açúcar Mãos com poesia Céu Vermelho Rio Vermelho Vermelhos frutos caju e amora São doces os divinos doces feitos por Cora Canto a juventude De Cora doceira De Cora da ponte De Cora da fonte. Em 1983 Carlos Drummond lhe escreve uma carta da qual foi publicada assim:
"Minha querida amiga Cora Coralina: Seu Vintém de Cobre é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não se pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia (...). Não lhe escrevi antes, agradecendo a dádiva, porque andei malacafento e me submeti a uma cirurgia. Mas agora, já recuperado, estou em condições de dizer, com alegria justa: Obrigado, minha amiga! Obrigado, também, pelas lindas, tocantes palavras que escreveu para mim e que guardarei na memória do coração. O beijo e o carinho do seu Drummond."
Cora Coralina ganhou prêmios, homenagens e títulos: 1983 - Goiânia GO - Título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás; homenagem na Assembléia Legislativa - 1983 - Brasília DF - Homenagem promovida pelo Senado Federal, Secretaria de Cultura, Fundação Pedroso Horta e Fundação Cultural no auditório Petrônio Portela -1983 - Goiânia GO - Fundação do Centro de Formação Profissional Cora Coralina (Senac) 1984 - São Paulo SP - Grande Prêmio da Crítica/Literatura, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte 1984 - São Paulo SP - Troféu Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores - 1984 - Brasília DF - Comenda da Ordem do Mérito do Trabalho, por sua pertinácia em prol das causas justas e do progresso cultural de Goiás, concedida pelo governo federal -1984 - Rio de Janeiro RJ - Caso Verdade Cora Coralina , direção de Henrique Martins (Rede Globo) - 1989 - São Paulo SP - Inauguração da Praça Cora Coralina.
Esta poetisa nunca deixou de lutar pelas causas sociais, escreveu sobre temas relacionados a presidiários, menores abandonados, pobreza, prostitutas e toda uma classe social discriminada. Foi criticada por isso, mas teve os elogios merecidos pois em toda sua biografia retratou com êxito sua cidade natal Goiás e, sendo uma mulher que também sofreu , pois se só estudou 2 a 3 anos em escola, foi considerada uma autoditada e reconhecida com um troféu Juca Pato como intelectual. Com certeza herdou tudo isso porque em sua adolescência, lia jornais, romances e adorava freqüentar saraus. E só publicou seu livro aos 75 anos. Uma história de vida e persistência...E teve como prêmio pessoal o reconhecimento de Carlos Drummond de Andrade. Morreu em 1985 com 96 anos, nos deixou um legado e uma frase que simplifica tudo isso: Daí, Senhor, que minha humildade seja como a chuva desejada caindo mansa, longa noite escura, numa terra sedenta e num telhado velho.












Poetisa Cora Coralina
Uma mulher que nasceu em 20/08/1889 chamada Ana Lins do Guimarães foi a grande poetisa do Estado de Goiás e, por incrível que pareça publicou seu primeiro livro aos 75 anos e muitas de suas obras chegaram até Carlos Drummond de Andrade, quando ela tinha 90 anos. Quando já possuía um pseudônimo Cora Coralina publicou seu primeiro conto em 1910 intitulado “Tragédia na Roça”. Na seqüência de sua trajetória casou em 1911 com um advogado divorciado e com ele teve seis filhos. Já sentia a necessidade de integrar-se uma área literária, porém quando teve a chance de participar à Semana de Arte Moderna seu marido não deixou e, em 1934 foi ser vendedora de uma livraria. Não desistindo do que desejava lançou em 1965 o livro “O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais”. Cora Coralina só tinha a instrução primária e como profissão doceira, mas teve que abandonar a mesma devido à fratura do fêmur direito.
Seu sucesso e suas obras retratavam o povo de seu Estado, costumes, cultura e, tudo era dentro de uma espontaneidade e de um carisma fabuloso. Sua história é de que em 1932 pela Revolução Constitucionalista alistou-se como enfermeira e através de alguns dons como costurar bibicos (bonés), uniformes, aventais fez algo que no momento precisava. Com isso tornou-se ousada e deixou para trás preconceitos sociais. Viúva desde 1934, montou uma pensão, depois um pequeno comércio, a Casa de Retalhos. E na década de 50 vendia um pouco de tudo e queria mesmo era a posse da sua antiga casa e que por usucapião, a mesma se transferiu para um sobrinho. Após voltar à sua casa envolta de móveis antigos e um fogão de lenha, retomou o ritmo de escrever e, só queria escrever, escrever. Aprendeu aos 70 anos datilografar e iniciou uma cronologia de escritos. Dentre seus poemas um teve destaque em 1962 - LEITURAS CRÍTICAS - "Poema com Açúcar" Para Aninha Doces e poemas Poemas que são doces Doces de poemas De Cora doceira De Cora da ponte De Cora da fonte... da vida Canto o poema Poema de encanto Poema que aflora Da doce Cora Alma com açúcar Mãos com poesia Céu Vermelho Rio Vermelho Vermelhos frutos caju e amora São doces os divinos doces feitos por Cora Canto a juventude De Cora doceira De Cora da ponte De Cora da fonte. Em 1983 Carlos Drummond lhe escreve uma carta da qual foi publicada assim:
"Minha querida amiga Cora Coralina: Seu Vintém de Cobre é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não se pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia (...). Não lhe escrevi antes, agradecendo a dádiva, porque andei malacafento e me submeti a uma cirurgia. Mas agora, já re



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