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Investir em bolsa - Os Gurus(experts) da bolsa
(UP)

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Os expertos da bolsa ou “gurus”, termo habitualmente
utilizado para apelidar estas pessoas, fazem parte da História dos
mercados e estou certo que continuarão a estar bem vivos no futuro.

Nos tempos modernos,
talvez os gurus sejam mais conhecidos e famosos do que o eram há 100
ano atrás, mas isso é apenas fruto dos enormes progressos ao nível das
comunicações que fazem com que as notícias e opiniões corram o mundo em
escassos segundos e tudo ganhe uma dimensão maior. Mas, na essência,
nada mudou.

Geralmente, os gurus
surgem do nada. Eu sei que é um exagero a expressão, mas com ela queria
simbolizar a habitual independência destes gurus. Os analistas que
estão ligados a instituições financeiras, normalmente não podem ser tão
arrojados nas suas análises como analistas independentes que podem
arriscar, sem nada a perder. Por isso, geralmente, são os analistas
descomprometidos que podem fazer as análises mais arrojadas que podem
produzir resultados mais espectaculares, pelo menos aos olhos do
público em geral.

Conhecer um guru é,
para os investidores iniciados, um sonho e – simultaneamente - a ilusão
de que a fortuna está aí à porta. Quando, em 1991, estava a dar os
primeiros passos no mercado e conheci aquele que era um dos gurus na
moda em Portugal, tive essas mesmas sensações. Obviamente que o tempo
veio ensinar-me que as ilusões têm um preço elevado a pagar. E que
ninguém consegue sobreviver no mercado sem desenvolver as suas próprias
aptidões e análises.

No meio dos mercados
é habitual dividir os gurus em 3 categorias distintas: Os gurus de
ciclos, os gurus de descobertas e os gurus mortos. Aos gurus de ciclo
eu costumo chamar “gurus da moda”. Estes
analistas tornam-se famosos quando fazem algumas previsões acertadas,
de grande impacto, começando a captar as atenções. Se o seu ciclo de
acertos continua, começa a criar-se uma onda de seguidores que vai
crescendo à medida que as previsões se mantêm acertadas. Nessa altura
são eles que estão na moda e são eles, inclusivamente, que fazem a
própria moda, sendo “opinion makers” com um poder impressionante.

Os gurus de ciclo,
geralmente, sobrevivem até ao final desse “Bull” ou “Bear Market”.
Durante esse período, o guru tem uma exposição mediática muito forte
pois todos querem saber as suas opiniões. Por isso, aproveita ao máximo
essa sua notoriedade para ganhar dinheiro, sendo muito frequente ver
“newsletters” a serem criadas por esses gurus para as venderem e
assegurarem um bom rendimento. Depois, quando as previsões começam a
falhar, começamos a perder o seu rasto e eles são esquecidos tão ou
mais depressa como foram elevados à categoria de deuses.

Os gurus de
descobertas são pessoas que trazem um método revolucionário ao mercado.
Os investidores, sempre desejosos de estarem na vanguarda e se
anteciparem aos outros intervenientes no mercado, adoram novidades e
métodos inovadores. Estes gurus desdobram-se em conferências e
seminários para explicar o tal novo método, o que lhes rende bastante
dinheiro. Por vezes, chego a ficar chocado com o preço que se tem que
pagar para participar em alguns “workshops” que têm a participação
destes gurus.

Os gurus mortos
surgem quando uma série de investidores começa a descobrir obras
escritas por pessoas que tinham ideias bastante interessantes e muito
peculiares sobre o mercado. Começam a tornar-se verdadeiros mitos e as
interpretações que se fazem sobre a sua obra e as suas opiniões dão
origem a muita polémica porque os autores não estão vivos para
esclarecer as dúvidas. Pretcher e Gann são dois dos exemplos mais
célebres do que são gurus mortos e, hoje em dia, são muitos os
seguidores das suas obras e que vêem neles referências para as suas
análises.

Por que surgem sempre
estes gurus e por que despertam tamanho entusiasmo e obsessão por parte
dos investidores? Na minha opinião, eles surgem pela necessidade que a
maior parte dos investidores sente em ter um líder. Decidirem sob a
“protecção” do líder dá uma segurança e uma confiança que muitos
investidores necessitam para tomarem as suas decisões.

A palavra guru soa
mal. Ainda bem que assim é. Pode ser que isso faça as pessoas abrirem
os olhos e perceberem que não é esse o caminho para o sucesso. Negociar
à sombra de um guru, não permite ao investidor evoluir com as perdas.
Pode ser difícil de crer, mas são as perdas e os insucessos que fazem
os investidores evoluírem. Perceber onde e por que é que falhámos é dar
um passo muito importante na nossa aprendizagem. Quem negoceia apenas
com base na opinião de um guru, não consegue tirar ilações das perdas,
pois não identifica o erro de análise que levou à perda. O único erro
que identifica foi ter seguido cegamente a opinião de alguém. E se
tiver a lucidez para o fazer, talvez essa derrota seja mesmo a sua
grande vitória.

Os gurus fazem parte
dos mercados. Fazem parte do “glamour” que muitos vêem no mercado. Mas
se quer fazer parte dos vencedores, guarde alguma distância em relação
a isso. Dá trabalho ter sucesso no mercado.



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