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É POSSÍVEL MUDAR EM MOMENTOS DE SUCESSO
(Betania Tanure)

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Um dos mitos mais comuns nos ambientes organizacionais é que as empresas mudam apenas quando passam por uma aguda crise financeira. Mito porque, embora seja o que de fato ocorre na maioria das vezes, não é o que deveria acontecer. A falsa idéia de que é assim que as coisas funcionam nos leva, muitas vezes, a deixar passar o melhor momento de mudar. Quem já viveu, ou vive, uma crise em sua empresa sabe que só quando ela chega e que a legitimidade da ordem existe é questionada. Estratégia, estrutura, cultura tudo pode ser alvo de crítica e de mudança. Mas, será que é somente em situações de caos que somos capazes de enxergar claramente o que está errado? A resposta é não. Adequações podem ser necessárias, mesmo em momentos de sucessos. É certo que a percepção de desajuste futuro – qualquer que seja a ordem estabelecida – gera um desconforto. Mas a empresa deve ir além desse desconforto. É preciso criar um sentimento de urgência nas pessoas, e isso só acontece quando elas param para conversar sobre os seus desafios. Esse movimento tem outra enorme vantagem: oferece oportunidades de crescimento profissional para as pessoas dos mais diferentes níveis organizacionais. È importante observar que, para ser efetiva, a mudança que acontece em momentos de sucesso e bonança normalmente é realizada sob a batuta clara de uma expressiva liderança. È preciso que os líderes compartilhem com a empresa sua visão de eu o sucesso do mo mento não garante definitivamente, o desempenho futuro. É este o movimento que as empresa e as pessoas bem-sucedidas empreendem. Não esperamos perder a saúde para ir ao médico. Não se espera perder competitividade para empreender as mudanças necessárias. Algumas empresas implementam um processo de transformação profundo de sua cultura e outras decidem ressignificar a cultura . Assim, modernizam os comportamentos que dão conteúdos aos seus valores e que, por sua vez, formam a cultura. Coragem, visão de futuro, consistência e alma marcam esta jornada. Coragem, porque não é fácil "mexer" em um time vencedor. Visão do futuro, pois os líderes percebem movimentos futuros que poucos conseguem enxergar. Consistência, uma vez que a empresa leva em conta que estratégia, estrutura, cultura e pessoas formam um conjunto de elementos que se influenciam mutuamente. Alma, pois valoriza a história construída, as pessoas e as contribuições de todas elas, chamando cada uma ao desafio de agir diferente. Façamos um zoom nos bem sucedidos processos de mudança: nada mais sábio do que mapear os diferentes traços de cultura, analisar e discutir quais deles são desejáveis para o futuro e quais precisam ser mudados ou ressignificados. Com o equilíbrio típico de empresas de sucesso sustentáveis, esses processos incluem a capacidade de administrar a tensão entre as forças aparentemente contraditórias: a estabilidade da cultura e a mudança de alguns de seus traços; os resultados de curto prazo e a garantia de mantê-los no longo prazo: a valorização das pessoas e a busca de4 resultados econômico-financeiros; a permanente melhoria de desempenho operacional e o crescimento e expansão pela revitalização contínua da estratégia, da estrutura, da cultura e das pessoas. O movimento de gerenciar essas tensões – balizado pelo sucesso sustentável. Não há muita novidade em falar dessas diferentes necessidades. O problema é que a maioria dos dirigentes as vê como mutuamente excludentes. Racionalização, intolerância ao baixo desempenho e downsizing são sempre encarados como o indesejável lado "azedo" da mudança. Por seu lado, o crescimento e a revitalização se constituem em algo agradável, prazeroso, ou seja, "doce". Representam o que todos desejam e almejam. A maioria das organizações não busca a harmonização dos dois lados em sua gestão. Mas o fato é que as empresas com desempenho sustentável são aquelas que conseguem anexar à sua cultura essa capacidade de conviver com o "doce" e o "azedo" ao mesmo tempo, sempre.



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