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pequena axiologia estética 1
(aulas uc)

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Pequena axiomática estética para uso de filósofos e para servir de consulta a outros artistas 1 A geração e a mutação das formas e as suas condições de observação constituem os objectos da Estética. A Estética não tem por objecto apenas a forma artística identificada com a singularidade das obras de arte, mas toma por tema as formas da experiência sensível do mundo em geral à luz, aliás, da definição de Estética que se conservou desde Baumgarten como “gnosiologia inferior”, “ars pulcre cogitandi” ou “scientia cognitionis sensitivae”. Isto significa que por Estética levo entendida uma investigação sobre morfogénese sensível. Formas não são apenas os objectos da observação visual. A redução da ideia de forma à experiência visual é um dos motivos que mais tem contribuído para o estreitamento do conceito de sensibilidade ao que dele pode ser retido da forma visual. Formas são todas as distinções auto-geradas em processos vitais e que asseguram a auto-reprodução dos organismos. Neste sentido não há formas que não estejam associadas à fronteira que um organismo estabelece frente ao seu meio-ambiente, desde logo no que se refere à estrutura dos órgãos físico-fisiológicos da experiência sensorial. As formas constituem distinções ou limites postos em evidência em virtude da constituição dos órgãos sensoriais e, por essa razão, mantêm com a especificidade da actividade sensório-motora uma relação apertada: a audição não capta as mesmas formas que o olfacto e este ainda se diferencia anatómica e fisiologicamente dos demais órgãos, dando com isso origem a diferentes tipos de formas. A forma como distinção supõe a dualidade entre o “espaço marcado” e o “espaço não-marcado” (cf. as modificações da “Lógica da Forma” de G. Spencer-Brown a N. Luhmann e a D. Baecker), ou seja, a diferença entre o lado da distinção que serve como posição e o que serve de referência da posição. A dualidade da forma é, por conseguinte, sinal da posição para a referência da posição ou “indicação”. A distinção entre os dois lados da forma marca toda a experiência sensível do mundo com a diferença entre continuidade e descontinuidade, entre silêncio e som, entre fundo e figura, entre indiferença olfactiva e aroma, entre a atmosfera indiferente e os sólidos, entre o paladar e os sabores. Tudo o que estiver dado como fundo da forma pode ser tido como meio da forma. A experiência sensório-motora do mundo não é uniforme nem existe qualquer razão especial para atribuir às formas visuais um qualquer privilégio na constituição da unidade dessa experiência. A diversidade da concretização material das artes deve, em parte, poder ser inferida do carácter multiforme da experiência sensório-motora do mundo e da especificidade da organização sensorial da experiência, não obstante a possibilidade de sinestesia que, para a pintura, chegou a desejar Kandinsky. A distinção dos dois lados da forma pode ser objecto da atenção orientada da vida consciente de um sujeito, mas não é certo que a organização da experiência sensorial tenha de passar pela forma da consciência temática.



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