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pequena axiomatica estetica 3
(aulas uc)

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Por outro lado, à luz da permanente reconfiguração da consciência polarizada em consciência deslocada nos apercebemos como as distinções da forma se têm de dar a partir de um meio, que está para essas formas como o contínuo está para o discreto. As distinções das formas ocorrem, pois, a partir de meios. Nestes meios é possível que várias formas tenham lugar, mas de cada vez só um número limitado. As formas exercem sobre os seus meios um forte poder de selecção de possibilidades de ocorrência de outras formas. O meio não se dá a ver como tal, mas apenas se podem perceber as formas que a esse meio garantem a densidade. No que se refere à base sensório-motora do homem como organismo vivo sabe-se que não nos conseguimos aperceber do meio auditivo, do meio olfactivo, do meio visual, etc., enquanto tais, mas apenas daquilo que nesses campos fluidos se organiza segundo distinções, que são as distinções das respectivas formas. É por isso que os meios são opacos à consciência temática, que costuma referi-los como caos. O valor informativo dos meios é reduzido, pois eles só adquirem valor informativo face a uma forma que neles emerge para os significar, precisamente, como os negativos da forma. Os meios disponíveis para a experiência de base sensório-motora dos organismos e a organização de formas nesses meios constituem a infra-estrutura da percepção. Por conseguinte, podemos definir tais meios como meios da percepção. Se os meios da percepção obedecem a uma determinada coordenação no caso da consciência humana, esta última não é, todavia, imprescindível e condição obrigatória para que se possa falar de percepção ou de formas da percepção. A diferença entre meio e formas é acessível a organismos desprovidos da inteligência humana e também está presente no caso da inteligência artificial. Na medida em que as distinções das formas e a sua mutabilidade estão sempre associadas com o sentimento de si, no caso do homem, ou com a possibilidade de captar estados internos de um organismo, a mutabilidade das distinções das formas envolve o sentimento de prazer e dor e a vida emocional em geral com as suas intensidades. As emoções são esquemas temporais de coordenação recíproca de acções e observações. Mutações no âmbito sensório-motor que impliquem mudança na auto-observação do organismo podem ter por consequência respostas emocionais. As respostas emocionais estão temporalmente encadeadas com as distinções das formas tidas por responsáveis pelas mutações sensório-motoras. Devido a esta organização temporal as emoções são plásticas e não estão fixadas a estas ou a aquelas ocorrências no âmbito sensório-motor. Por isso, não há emoções ligadas a acontecimentos mas sim a observações de acontecimentos. A vida emocional é parte integrante da organização da experiência sensível do mundo nos organismos. Em especial, o “sentimento do prazer e da dor” está intimamente acoplado com o modo como os organismos organizam a sua auto-conservação. Mas este acoplamento não implica jamais uma uni direccionalidade. Ou seja, é inadequado julgar que os organismos regulam exclusivamente a sua auto-conservação pela representação do agradável com exclusão de tudo o que tem sinal oposto ou que nos organismos não estão presentes outros princípios de moção para além do “princípio do prazer



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