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Maternidade
(Liana Albernaz de Melo Bastos)

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Maternidade: Reprodução ou Pró-Criação?
Liana Albernaz de Melo Bastos
Considerações
O texto suscita algumas indagações, em especial sobre o temor do ser humano diante da evolução e da impossibilidade de controle sobre a criatividade e descobertas humanas. A ciência genética vem sendo revolucionada desde o final do século XX, mas ainda não encontra respostas à altura nas áreas da filosofia e da psicologia, só pra ficar nas que nos interessam.
Essa angústia em relação ao desconhecido é natural do ser humano, mas em minha opinião não deve ser um paralisante das formas de pensar. Não se pode barrar a evolução das pesquisas genéticas em nome de conceitos fundamentados e válidos em outros tempos (a neurotização como regra geral em detrimento da psicotização, que é o que está por vir, em massa, como se vê).
Para mim, se essa paralisação de agora tivesse se estendido (ela ocorreu por algum tempo, como mostrou a própria Interpretação dos Sonhos, obra fundadora da psicanálise, mas que só começou a ser entendida 13 anos após a primeira publicação do autor, Sigmund Freud) ao longo do século passado, a derrubada dos mitos proposta por Friederich Nietzsche, uma das bases filosóficas para o florescimento da psicanálise, teria sido engavetada para o mal de todos, reeditando a "Santa Inquisição".
Então, acredito que este seja o momento de repensar a filosofia (moral, ética e outros valores) e a psicologia em nome da sustentação da evolução humana, por meio da ciência. Outra via seria ignorar os males e benefícios das novas descobertas, remetendo o homem à estagnação própria de uma era em que predominaram os preconceitos por ignorância e medo do novo, como ao longo de episódios obscuros da história.
Nesse contexto, falar em maternidade não é coisa do passado. Apenas o falar é que está defasado ante às descobertas genéticas e tudo o que isso significa em relação ao que se conhecia sobre mente e comportamento humanos, até então. É preciso, mais do que nunca, falar, debater, discutir a maternidade segundo os novos parâmetros que, aliás, não se dão só pela genética, mas muito antes pela desestruturação da família, como se concebia pré-métodos contraceptivos.
Agora, são os métodos "receptivos" que parecem abalar muito mais devido ao aparente caos que representam ante um mundo normatizado segundo parâmetros que talvez não sirvam mais. Receptivos do quê? De todas as possibilidades de concepção física e emocional, elevando a gama de tipos de personalidades, psicopatologias, patologias etc. com que a psicanálise, a psicologia, a psiquiatria irão se deparar. Então, qual será a clínica do futuro, ainda mais diante dos atuais indicativos de que as psicoses (e novas estruturas, como a borderline ou casos-limite) deverão predominar?
De um modo geral, as mudanças na pesquisa genética devem ser discutidas politicamente, uma vez que implicarão também alterações no quadro econômico, em especial no que diz respeito à indústria farmacêutica, caso se queira manter a estrutura neurótica como linha mestra das novas relações sociais que se desenham.
Sendo breve e muito superficial, pode-se imaginar que, uma vez aumentados os casos de psicopatologias de estrutura psicótica, a busca de medicamentos psicotrópicos também será elevada - hoje, 70% da população mundial sofre de insônia e mais de 90% dos casos estão associados a diagnósticos de depressão, portanto o consumo de antidepressivos e hipnóticos tende a aumentar.



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