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MEDICAMENTO LEVA RISCOS A DIABÉTICOS
(Jornal da Unicamp)

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Medicamento leva riscos a diabéticos.

A ingestão de altas doses de metformina - medicamento recomendado para diabéticos do tipo 2 por sua ação anti-hiperglicemiante - pode causar morte súbita se o paciente pratica exercícios intensos, mesmo que somente aos finais de semana. O efeito colateral nunca havia sido identificado até que a bióloga Eunice Cristina da Silva iniciou os experimentos em ratos há pouco mais de quatro anos. Ela destaca que, nas indicações médicas, sempre se associou a utilização da metformina a melhorias nas funções cardiovasculares, quando se aplicavam doses menores. "Ficamos surpresos, pois existem recomendações médicas para a ingestão de até dois gramas por dia, que já é uma dose alta", destaca a autora da tese de doutorado "Glicogênio cardíaco em diabetes experimental. Efeitos do tratamento com metformina e/ou glibenclamida sobre as funções cardíacas em coração isolado", defendida no Instituto de Biologia (IB) da Unicamp. Orientada pelo professor Antonio Ari Gonçalves, Eunice se prepara para publicar o primeiro trabalho do gênero em revista científica.

A descoberta abre caminhos para investigações mais apuradas sobre o assunto e, até mesmo, para testes em humanos. A síntese de glicogênio no músculo cardíaco é maior em pessoas diabéticas e a metformina aumenta ainda mais o seu armazenamento. "Se associada a outro medicamento, a glibenclamida, a capacidade de armazenagem é superior", explica Eunice. O problema, no entanto, seria que a atividade da enzima glicogênio fosforilase, que degrada o glicogênio, é maior nestes indivíduos e, em uma situação de exercícios físicos intensos ou em casos de isquemia (insuficiência do fornecimento de sangue em um órgão), o glicogênio armazenado é rapidamente consumido, podendo causar a morte súbita.

A inquietação da pesquisadora surgiu quando, em um trabalho de iniciação científica, ela submeteu dois grupos de ratos (tratados ou não com metformina) a testes de exaustão para analisar o efeito anabólico do medicamento no retardo da fadiga muscular. "Naquela época ficou uma dúvida que viemos a esclarecer agora no doutorado", esclarece Eunice. Para os testes, ela submeteu novamente os ratos ao tratamento diário em doses baixas, equivalente a 20% de um grama; intermediárias, equivalente a 1 grama; e altas, com 2 gramas. As doses foram equivalentes ao peso corporal.

Ao final do experimento foi avaliado o consumo de glicogênio, que foi maior, apesar de sua grande quantidade inicial, sendo possivelmente um dos motivos do prejuízo na função cardíaca. Além disso, houve aumento dos intervalos denominados QT, obtidos através dos registros eletrocardiográficos. Este intervalo quando prolongado é indicativo de aumento de risco de morte súbita. Nas doses baixas e intermediárias, a pesquisadora observou uma melhora no perfil metabólico e cardiovascular e outros fatores que diminuem os riscos nos ratos diabéticos.



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