Resumo de Quem matou Jesus/ (2ª parte)

Seu livro é baseado em pesquisas bíblicas, antropológicas, sociológicas e históricas, ele demonstra nesta obra que foi o governo romano que julgou e executou Jesus como agitador social. Em seu livro, Crossan mencionou seis pontos em comum com outro estudioso do assunto: Brown. 1 - Importância de Marcos, entre os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas). Marcos é fonte usada por Mateus e Lucas em suas narrativas da Paixão. 2 -Brown faz uma nova tradução para o Evangelho de Pedro Este é chamado de apócrifo ou extra canônico. 3 - A dependência direta não é a única dependência, mas é a mais fácil de documentar e provar.. 4 - O vocabulário específico não ajuda muito, 5 - A explicação é independente e consecutiva. 6 - O Evangelho de Pedro deriva da audição ou leitura das versões canônicas, mas escritas a partir da memória distante, Todos os quatro evangelhos, disse Crossan, estão de acordo até certo ponto, a narrativa de Marcos termina no túmulo vazio em 16,8; mas quando Marcos pára, todos tomam caminhos separados e o que foi escrito a partir daí, pertence à história relembrada. Nas classes baixas os camponeses eram iletrados e existiam servos letrados ou escribas. Os camponeses conheciam bem as narrativas básicas de suas tradições. Eles sabiam contar a história, mas não sabia como ler a fonte. Como Josefo e Tácito, Marcos, Mateus, Lucas, João e Pedro eram pessoas reais, mas, ao contrário de Josefo e Tácito, os escrito que levam o nome dos evangelhos, foram-lhes atribuídos, e não escritos por eles. Originalmente, os quatro evangelhos circulavam anonimamente e foram, provavelmente, patrocinados pelas comunidades para quem eles foram escritos. O evangelho atribuído a Mateus, provavelmente, foi escrito entre 85 e 90 e.c., possivelmente, na Antióquia, capital da província romana da Síria e. terceira maior cidade do Império. Assim. além de não conhecermos o autor dos evangelhos, não sabemos o lugar e a data em que foram escritos. Um ponto chamou a atenção de Crossan: Mateus usou Marcos como uma fonte ma composição de seu evangelho. A classe dos escribas ou fariseus, especialistas nas leis, sucedeu aos saduceus na liderança judaica. Os fariseus se encontraram em Tavne, a oeste de Jerusalém, para salvar o judaísmo. Mateus cricita os judeus que seguiam os rabinos. e não seguiam Jesus. Mateus(23,8-10). O Evangelho de Marcos também foi escrito por um autor desconhecido. Foi composto, provavelmente, logo após a Primeira Guerra, de 66 a 73-74a.c.Também se desconhece o tempo e o lugar onde foi feito o evangelho. Ele escreve para uma população que sofreu perseguição letal, e não apenas descriminação social ou oposição política. Marcos critica, com ênfase crescente, os doze apóstolos. Lucas também é autor anônimo, provavelmente data de 85 a 90 . E pode ter sido feito em qualquer cidade grega do Império. Os especialistas concluiram que Lucas também usou Marcos. O evangelho de João foi escrito em algum lugar da Ásia Menor, por volta de 90, provavelmente, na Síria. Seus versos contêm o julgamento de Jesus diante de Pilatos. Vejamos agora as contradições contidas no Novo Testamente: Enquanto Jesus é penosamente humano para Marcos, ele é serenamente transcendental para João. Nessa teologia, Jesus é mais o diretor que controla do que o protagonista controlador. João fez adaptações criativas das tradições sinóticas. Os especialistas não se entendem a respeito do evangelho de Pedro, que ão é encontrado no Novo Testamento, e nós ouvimos falar dele, pela primeira vez na Síria Ocidental, no final do século II. Por que é tão diferente dos outros evangelhos? Por exemplo, nele encontra-se escrito que foi Herodes e o povo, e não Pilatos e os soldados, os responsáveis pela Crucificação de Jesus(gerou o antijudaísmo). Crossan questiona se Pedro é dependente ou independente dos outros evangelhos. Crossan cita várias vezes Brown:"...um comentador cristão está ciente do e se preocupa com o modo prejudicial como as NPS (narrativas da Paixão) foram erroneamente usadas contra os judeus; e os leitores cristãos precisam ser vigorosamente lembrados dos elementos hostis em suas leituras das próprias das NPs." É bastante possível simpatizar com uma pequena seita judaica (os primitivos cristãos) que escreve ficção para defender a si própria. Mas, uma vez que esta seita judaica se transformou no Império Romano cristão, uma estratégia defensiva tornou-se a mais longa das mentiras, cheia de contradições, quando comparamos os quatro evangelhos. Um exemplo de mentira: os romanos não tinham o costume de lavar as mãos, eram os judeus que tinham o costume de lavar as mãos. Outra mentira: os judeus jamais concordariam com a cruxificação nas vésperas do Pessash ( a Páscoa dos judeus).

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