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Interdisciplinaridade e Saúde: Estudo Bibliográfico
(VILELA; Elaine M.; MENDES; José M.)

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Interdisciplinaridade e Saúde: Estudo Bibliográfico

Este artigo tem como objetivo buscar na literatura o significado de interdisciplinaridade, seu histórico, suas relações com a Saúde Coletiva e com a educação dos profissionais de saúde.
Complexidade tem sido a palavra mais usada para caracterizar os problemas existentes mundialmente. Como por exemplo: o crescimento demográfico, a acentuada diferença entre as classes sociais e as conseqüências da globalização em conjunto com as novas tecnologias de comunicação.
O conceito de interdisciplinaridade apareceu no século XX, mas vem desde a pré-história à preocupação com a integração dos saberes para construir e tratar de assuntos científicos e técnicos de forma a atender as necessidades humanas e a compreensão de fenômeno social de consideração e dimensão relevantes com aspectos sócio-históricos. A interdisciplinaridade se caracteriza pela intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas no interior de um mesmo projeto de pesquisa. É uma relação de reciprocidade, de mutualidade, que pressupõe uma atitude diferente a ser assumida diante do problema do conhecimento, ou seja, é uma substituição de uma concepção fragmentária para unitária do ser humano. Não se trata de postular uma nova síntese do saber, mas, sim de constatar um esforço por aproximar, comparar, relacionar e integrar os conhecimentos.
Para a interdisciplinaridade é fundamental um processo e uma filosofia de trabalho que entra em ação na hora de enfrentar os problemas e questões que preocupam cada sociedade. A inter-relação e interação das disciplinas a fim de atingir um objetivo comum, são unificadas, onde os métodos e estruturas são ampliados e explorados com mais potencialidade. A interdisciplinaridade pode também ser entendida como uma proposta entre o conhecimento científico e a complexidade do mundo vivido, visando o entendimento da dicotomia entre a teoria e a prática em diversas áreas de conhecimento, como, por exemplo, a saúde coletiva.
A interdisciplinaridade na saúde, envolvem o biológico e o social, o indivíduo e a comunidade, a política social e econômica, ou seja, a saúde e a doença envolvem condições e razões sócio-históricas e culturais dos indivíduos e grupos. É uma ligação direta e estratégica com o mundo vivido e suas inter-relações.
Na área da saúde a integração de conhecimento partilhado tem criado modelos pedagógicos múltiplos para a formação profissional integradora de vários saberes com o intuito de oferecer à população a maior quantidade possível de serviços de saúde com qualidade e inovações tecnológicas. Suas estratégias resultam da combinação de três grandes tipos de ações: a promoção da saúde, a prevenção das enfermidades e acidentes e a atenção curativa. Essas transformações vêm acontecendo devido a uma série de mudanças ocorridas no mundo do trabalho, nas relações entre as pessoas, nas maneiras de organizar a produção e o trabalho. Essas mudanças no campo da saúde devem trazer transformações também na área da educação, com novas perspectivas como instrumento básico para as pesquisas e na formação básica dos profissionais da educação.
A interdisciplinaridade permite uma ação conjunta para construção e reconstrução do saber, possibilitando mais desenvoltura de integração dos especialistas com capacidade de solucionar problemas considerados complexos.
As maiores dificuldades encontradas na área da educação dos profissionais da saúde são: a rotina dos docentes, suas experiências anteriores e sua formação, a tendência à privatização. Isso afeta o princípio da responsabilidade social, bem como os conceitos de eqüidade, o acesso universal aos conhecimentos e a qualidade do atendimento à comunidade. O esforço para a melhoria do trabalho e organização dos serviços da saúde, a educação dos profissionais e o papel da cidadania na construção de sociedades mais democráticas e auto-sustentáveis, da América Latina, tem contato com o apoio do PROGRAMA UNI, subsidiado pela Fundação Kellogg. Esse Programa adotou como premissa básica, a necessidade de articulação entre universidade, serviço e comunidade, assim como a compreensão e respeito mútuo nas relações humanas e institucionais.
Essas mudanças que vem acontecendo na área da saúde, ainda esbarram em várias dificuldades, assim como a adoção da interdisciplinaridade. Mas, à medida que os problemas vão se resolvendo, a interação entre os profissionais ganha um exercício de diálogo e o trabalho em equipe resultam em benefício coletivo.



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