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As exigências e competências do futsal (parte 4 de 4)
(El Patron)

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A interacção dos membros da equipa é fundamental sendo o futsal um desporto colectivo, porque se esta interacção não existisse era difícil conceber à equipa informações tácticas e mete-las em prática (como o sistema de jogo a utilizar por exemplo), era difícil ter uma boa circulação de bola ou implementar tecnologia como o bloqueio (acção técnica que se realiza sem bola e sem contacto físico, afim de “obstruir” a movimentação do adversário e permitir um passe livre ou movimentação entre colegas de equipa) e também era difícil estudar jogadas e mete –las em prática de pontapé de canto. Esta interacção é sempre condicionada pelo posicionamento da equipa adversária porque a minha tarefa vai variar sempre em função do espaço e tempo que eu tenho.
A velocidade de captação de estímulos/processamento de informação cerebral é uma variável porque analisando a finta no futebol, consideremos que um individuo A tem uma maior velocidade a esse nível que um individuo B, então imaginemos que o individuo B está a fintar o A e que ele passa a bola para o seu pé de apoio, então o A apercebe –se disso e sabe que é vantajoso “meter o pé” nesta situação para lhe tirar a bola, ao contrário de outras no futsal, assim ele faz essa acção e com êxito porque a sua velocidade de captação do estímulo/processamento de informação cerebral foi menor que o B, logo ele teve mais tempo que o B para executar a acção pretendida, ou seja, para as saídas motoras. Nesta situação a análise táctica também teve grande influência porque o jogador A leu bem os indicadores dados pelo jogador B e assim fez o desarme no tempo certo.
Os factores biomecânicos influenciam também a performance porque, por exemplo, tendo em conta o passe no futsal, se não tivermos um bom ponto de aplicação para a nossa força na bola, esta pode não seguir na nossa direcção pretendida, se utilizarmos uma maior cadeia cinética no movimento do passe, podemos ter uma maior força e consequente velocidade da bola, mas segundo uma tendência evolutiva contraditória, vamos ter uma menor coordenação dos segmentos, que pode tirar precisão ao passe. Se a rotação do pé, tronco, bacia e ombros e a posição dos segmentos inferiores no momento do passe não nos proporcionar uma relação centro de massa/base de apoio, que nos permita realizar forças na bola com direcções e intensidades desejadas, então o nosso passe não vai ter o objectivo pretendido. Apesar da referência ao passe como meio para justificar o peso dos factores biomecânicos na modalidade, é no remate que estes factores têm mais importância no futsal.
Em relação à compleição física do jogador, esta também é uma variável a considerar porque se um jogador for alto e musculado e possua grande força explosiva por exemplo, ele tem uma maior capacidade de impulsão, cabeceamento, aceleração, velocidade e força do que um jogador com uma compleição física oposta à dele considerando que o jogador consegue utilizar a tecnologia coordenadamente.
O tempo disponível pode variar já que é diferente um jogador ter 10 de tempo disponível e ter 5, porque quanto mais tempo um jogador tiver, melhor vai ser o seu ajustamento dos segmentos para realizar o movimento já que tem mais tempo para pensar nesse ajuste. Mas também é benéfico para o adversário ter mais tempo já que pode fazer uma melhor leitura do que o jogador com a posse de bola pode fazer.
O espaço disponível para realizar a tarefa varia também, ou seja, se eu tiver um espaço de 10 em vez de 5 tenho um maior poder de decisão para escolher a melhor maneira de fazer uma finta, por exemplo, ou efectuar um remate. Se eu tiver menos espaço, o tempo disponível tende a ser menor e as acções tendem a ser realizadas mais por reflexo ao nível da espinal medula do que por processamento de informação do sistema nervoso central, e é aqui que se nota os efeitos do treino porque se este for bem feito um jogador já possui automatismos que lhe permitem realizar as tarefas em campo de uma forma automática.



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