O Homem
(Márcio Raven)
Ele me deu a questão, me impôs seu respeito... Questionou meus atos, transportou tudo para um único e verídico fato... Mas respeito não se impõe, somente se adquire... Fatos únicos, sinônimos de erros, ao acaso, muitos erros! Estás marcado, jurado pelo próprio rancor, divindade cedida a aqueles que jamais saberão aproveitar tais sentimentos... Mesmo não querendo todos temos este sentimento, mas somente aquele que ousar desvendar suas mazelas poderá reinar... Partindo deste ponto, onde todos temos direitos, me pergunto onde estão meus deveres... Estarão a deriva, fugindo do tal e espantoso real... Ou simplesmente escondendo-se de mim! Não quero suas explicações mal resolvidas... E dai que dois mais dois são cinco, o que me importa, o que me revela tal fato... Vem dai com seu resultado absoluto, como glória: quatro seria a resposta... Talvez os cantos da terra... Talvez os poderes, não todos... Mesmo assim não quero, pois entre eu e você, valorizo o instinto, trazido pela paz, socorrido pelo amor, somente! Sugado por uma forca que me tirou do gueto, deixando assim aflorar a inspiração, desrespeitando sentimentos e invadindo olhares... Seria esta força dona de meu olhar, inquieto e fugaz... Impaciente e incapaz de lutar pelo não querer... Será o céu o limite, ou o infinito o caos... Mesmo você com suas dádivas queridas por anjos não pode me responder, a que te devo motivos de tantas leis... Se nasci por minha própria evolução, de minha raça... Derivados de Deus somos todos, querendo ou não, provado ou não, sendo Deus ou não... Resulta de meus devaneios esta glória, que o tão sonhado lado do pai poderoso esta tão próximo quanto o destino... De um ou de muitos... Erros? Ainda não sei.
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