A Produtividade Agrícola no Brasil Atual
(Steve Rogers)
Acontece que a modernização da agricultura transformou os antigos latifúndios em empresas rurais, grandes, porém produtivas. Ampliaram-se as áreas cultivadas, inclusive pastagens, principalmente nos cerrados do Centro-Oeste. De um patamar de 50 milhões, a safra nacional de grãos ultrapassa os 100 milhões de toneladas, batendo recordes sucessivos de produtividade. Nas carnes, logo o Brasil será o maior exportador mundial. Açúcar e álcool, café e suco de laranja é campeão mundial.A tecnologia agropecuária permitiu ao país se equiparar aos maiores produtores do mundo, concorrendo prá valer no mercado globalizado. A balança comercial do setor é altamente superavitária, da ordem de US$ 18 bilhões. Sem o vigor da agropecuária, comprova o IBGE, o crescimento do PIB nacional estaria negativo. Os dados da economia agrária são conhecidos. E elogiados. Ora, latifúndio não provoca isso!Some-se à tecnologia o pavor dos agricultores às invasões de terra: nos últimos tempos, quem é louco de deixar terra parada? Ademais, somente no governo Fernando Henrique, 20 milhões de hectares foram desapropriados ou arrecadados para reforma agrária. No combate à grilagem de terra, cerca de 48 milhões de hectares foram excluídos do cadastro rural. Não tinham dono: eram latifúndios "fantasmas".O resultado, digno de comemoração, indica que os famosos latifúndios do passado cederam lugar à terra produtiva, particularmente no Centro-Sul do país. Terra improdutiva, hoje, existe somente no cadastro do Incra, onde se encontram dois tipos esquisitos de "latifúndio": imensas áreas de florestas naturais na Amazônia e imóveis impróprios para uso agrícola do Nordeste. Somam, talvez, 100 milhões de hectares. Considerá-los, entretanto, terra ociosa significa teimar contra a agronomia e a ecologia.
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