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SEPARAÇÀO: o doloroso processo de dissolução da conjugalidade
(Dra. Terezinha Féres-Carneiro)

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Em 2003 foi realizada uma pesquisa de campo com 16 mulheres e 16 homens das camadas médias da população carioca, com idades variando de 25 a 55 anos separados legalmente ou não do primeiro casamento com duração mínima de três anos, com filhos deste casamento, e que ainda não estavam recasados. O objetivo era compreender como homens e mulheres com essas características vivenciam o processo de dissolução do casamento e buscam reconstruir suas identidades individuais, após a separação conjugal. Segundo a Dra. Terezinha Féres-Carneiro, doutora em Psicologia Clínica, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e professora titular no Departamento de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a observação clínica já havia mostrado que nos casais em processo de separação são quase sempre as mulheres que manifestam o desejo de se separarem enquanto os maridos, na maior parte das vezes, desejam manter o casamento. Ironicamente, o fim de muitos casamentos não significa como se poderia pensar, a desvalorização do casamento. Pelo contrário, o divórcio reflete uma exacerbada exigência dos cônjuges tanto que, na maior parte dos casos, os divorciados acabam caminhando para o recasamento. A pesquisa obteve respostas enquadradas nos seguintes questionamentos: desejo de separação, decisão de separação, processo de separação e reconstrução da identidade individual. Ficou evidente que as atitudes e os sentimentos de homens e mulheres são diferentes no processo de dissolução. Os homens se sentem mais frustrados e fracassados enquanto que as mulheres revelam mágoa e solidão. A infidelidade masculina permeia os relacionamentos, e é quase sempre da mulher o desejo de separação. O homem, aponta a pesquisa, parece que se surpreende com a reação “exagerada” da mulher que deseja a separação, inferindo assim que culturalmente a traição masculina é mais tolerada. As mulheres, por sua vez, com as conquistas sociais das últimas décadas se expõem mais à infidelidade e tornaram-se amorosamente mais exigentes. A decisão de separar-se também é mais afeita às mulheres. Tanto o processo de separação como a reconstrução da individualidade são instâncias dolorosas para ambas as partes. As mulheres mais pródigas em externar seus sentimentos e discutir a relação, conseguem melhor resultado clínico ao tratarem tanto da sensação de liberdade como da dor da reconstrução da sua identidade.



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