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Diário Económico
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O BCP não precisa de accionistas que se escondam; provavelmente, até agradece que saiam, fechem a porta e vendam as suas acções.Sílvia de OliveiraJosé de Mello e Fortis desistiram de ser accionistas do BCP e venderam, há pouco tempo, em plena crise, as suas participações no banco. Entre várias razões possíveis, não se quiseram envolver na procura da paz para uma guerra que se adivinhava cada vez mais sangrenta. Poder-se-á criticar a decisão destes ex-accionistas, que durante muitos anos suportaram a gestão do BCP, o que os torna co-responsáveis por esta triste fase da vida do maior grupo financeiro privado do país. Poder-se-á dizer que abandonaram o banco no pior momento, encaixando uma bela mais-valia, poder-se-á pensar muito mais, mas de nada serve. O BCP – e o BCP é a soma de muito, dos trabalhadores, dos clientes, dos fornecedores, dos seus parceiros – só pode contar com quem está, nunca com quem já se foi. E é quem está que tem nas suas mãos o poder e o dever de encontrar uma solução, de acabar de vez com esta situação deplorável. É aos seus accionistas, sobretudo aos grandes, aos antigos, aos de referência, aos estratégicos, o que se lhes quiser chamar, que se exigem medidas. E, se olharmos para o que alguns têm feito, quase que apetece perguntar porque não fizeram já exactamente o mesmo que José de Mello e o Fortis. A Eureko e a Teixeira Duarte já subscreveram a lista de Filipe Pinhal, colocando-se ao lado de Jardim Gonçalves, tomando uma decisão, boa ou má, sobre o futuro do BCP. Joe Berardo ataca Jardim e Pinhal de quase tudo e garante estar a trabalhar numa alternativa. Mas, e o que têm a dizer a Sonangol, o Sabadell, a CGD, a EDP, o BPP, Stanley Ho e o próprio BPI, aliás, o que têm a dizer todos os accionistas do BCP, nacionais e estrangeiros, grandes e pequenos? Será que vão continuar a socorrer-se de desculpas para evitar pôr a mão na massa? O BCP não precisa de accionistas que se escondam; provavelmente, até agradece que saiam, fechem a porta e vendam as suas acções a outros que não se demitam das suas obrigações, das suas funções de dono. Na AG de 15 de Janeiro – convém que os accionistas do BCP não se esqueçam de mais esta data – volta a decidir-se sobre o futuro do banco. A abstenção é um direito, mas quem votar em branco, por mais nobres que sejam os seus motivos, não estará, nesta guerra, a ser neutro. Os accionistas são responsáveis pelo que foi, pelo que é e pelo que será o BCP. Se se demitirem, ou não forem capazes de escolher uma administração que cumpra os requisitos legais e assegure ao banco uma gestão sã e prudente, não haverá como evitar a intervenção do Banco de Portugal, a quem compete zelar pela estabilidade do sistema financeiro. Perante a aparente incapacidade dos accionistas, Vítor Constâncio saberá melhor do que ninguém o que fazer para acabar com o clima de instabilidade, de suspeição e de aparente impunidade que se vive no BCP. Não há decisões que se devam evitar a todo o custo. ____



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