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O Estado Judeu
(Theodor Herzl)

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O moderno Estado de Israel foi fundado em 1948. Cinqüenta anos antes o visionário Theodor Herzl, um judeu austríaco concebeu o plano de reunir os judeus em um território onde pudessem recriar sua pátria. Seu projeto foi expresso de um modo simples e realista em uma brochura ao qual conferiu o simples título "Der Jundestat" - O Estado Judeu.
Em português a obra ganhou um longo comentário do renomado escritor Moacyr Scliar, ele mesmo um judeu nascido no Bairro do Bom Retiro, em Porto Alegre. Fez um excelente resumo histórico, onde traça a saga judaica desde a queda de Jerusalém até o Israel moderno. Seu resumo abrange tanto os aspectos históricos quanto ideológicos que envolvem os judeus, o movimento sionista e o anti-semitismo de forma geral. Há uma detalhada narrativa da saga do autor, Theodor Herzl, um judeu assimilado que do nada fez do sionismo seu propósito de vida. Livro e autor se confundem.
O Estado Judeu foi sem dúvida um clássico. Lendo o livro mais de cem anos depois seu valor parece ainda maior. A simplicidade do plano, a exposição da situação judaica, as dificuldades previstas, a força do chamado. Tudo contribuiu para fazer dele um trabalho único, ainda que outros houvessem feito trabalhos semelhantes, sem o mesmo resultado.
Basta dizer que se os judeus tivessem seguido suas orientações, tanto no que diz respeito à visão quanto à forma em que deveria ser feita, a história do século XX não teria Auschwitz, Sobibor e Treblinka. Não pesaria sobre o ombro das nações os milhões que pereceram nas câmaras de gás.
Embora nem de longe Theodor Herlz tivesse pressentido a Questão Palestina, tão aguda na atualidade, com certeza esta poderia ser mais amena. Em sua concepção, a transferência dos judeus europeus e do restante do mundo seria feita de forma gradativa, com a conivência das demais nações.
Em seu plano, o jornalista judeu-austríaco concebia esta ação sendo realizada por duas entidades: A Sociedade Judaica e a Companhia Judaica. Estas duas grandes empresas de capital aberto seriam o instrumento para transformar a sua ideologia em prática. Aliás, a grande característica do projeto de Herzl foi aliar à sua profunda convicção um forte senso prático.
O livro apresenta todo um planejamento. Associa fortes passagens carregadas de paixão ideológica com outras eminentemente práticas. Em alguns pontos chegando a ser tediosa pela minúcia, mas com certeza de imensa importância para o plano que fora elaborado. Como seria a saída de sua terra de origem até serem transplantados no seu próprio solo, foi diligentemente e minuciosamente descrito por ele.
Algumas porções deveriam constar em qualquer antologia universal. Recebido com desdém por muitos judeus e não judeus na época, hoje constituem parte de uma história que só existia inicialmente na mente deste visionário. "Eis porque creio que uma geração admirável de judeus sairá da terra. Os Macabeus ressuscitarão. Repito uma vez ainda a palavra do começo: ?Os judeus que quiserem terão o seu Estado? (...) O mundo será libertado pela nossa liberdade, enriquecido com as nossas riquezas e enriquecido com a nossa grandeza".
Herzl foi apelidado de "Júlio Verne judeu". Ironia da História. Como aquele, suas supostas ficções transformaram-se em realidade. Nem tudo o que ele planejou, descreveu e sonhou em seu "Der Judenstat" tornou-se realidade. Mas com certeza Israel não existiria sem Herzl e seu Estado Judeu.



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