A OBESIDADE, Editora Publifolha, 2006
(Ricardo Cohen e Maria Rosária Cunha)
A obesidade
Em 2004, a Organização Mundial de Saúde definiu a obesidade como "doença do milênio". Especialistas definem obesidade como o aumento excessivo da quantidade de gordura corporal, ou o excesso de armazenamento de energia no tecido adiposo. É um estado físico em que a pessoa tem peso acima do que se espera para sua constituição física e seu sexo. Obesidade é mais do que mera sem-vergonhice relacionada a um estilo de vida que promove arroubos do tipo “sou gordo, mas sou feliz”. É doença mesmo. É preciso dizer ao gordo que ele está doente. Deveriam ser proibidos concursos e festivais que fazem loas aos obesos como aqueles para ver quem come mais hambúrgueres, lingüiças, pudins e ainda por cima, ganha troféu ou entra para um livro qualquer de recordes. O rei Momo é outra figura que deveria ser banida do imaginário popular pelo falseamento de felicidade e de saúde que imprime nas mentes – a do gordo sorridente ladeado por garotas esculturais e com uma coroa na cabeça. Rei de quê? Obesidade é doença. Embora o fator genético contribua para desenvolver esse mal, as principais causas da doença ainda recaem sobre o consumo crescente de comidas com alto valor calórico, ricas em gorduras saturadas e açúcares, além de atividade física reduzida, ou seja, sedentarismo. Para o obeso ter um aumento de sobrevida, é preciso modificar seu estilo de vida, os hábitos alimentares, a atividade física e sua maneira de se relacionar com o mundo. Mas para isso será necessário que ele aceite a obesidade e suas complicações, convivendo conscientemente com o problema e suas conseqüências e, atacá-la com todas as armas disponíveis no arsenal médico. As 96 páginas de A OBESIDADE ajudam a refletir sobre isso.
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