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LENDAS BRASILEIRAS – O ANHANGÜERA (SUDESTE)
(FOLCLORE BRASILEIRO)

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LENDAS BRASILEIRAS – O ANHANGÜERA (SUDESTE) Na época em que os bandeirantes não mediam esforços para encontrar ouro e pedras preciosas, Bartolomeu Bueno da Silva, conhecido como Bartolomeu Feio, resolveu deixar São Paulo e seguir para Minas Gerais. Contava na época com 70 anos de idade. Lá chegando, apossou-se de muitas minas de ouro. Lutou na guerra dos Emboabas, travada entre os paulistas que se diziam donos das minas por as terem descoberto, e os Emboabas (portugueses e alguns brasileiros de outras localidades) que diziam que as minas, por ser o Brasil uma colônia lusitana, pertenciam ao Rei de Portugal. Ao final da guerra, Bartolomeu decidiu deixar Minas Gerais, pois tinha ouvido falar de uma grande mina de ouro em Goiás, chamada Mina dos Martírios, e resolveu encontrá-la. Preparou uma expedição e, depois de muitas peripécias, conseguiu chegar ao sertão de Goiás. Ao lá chegar, eles encontraram um grupo de índios, que impedia sua passagem. Ao saber o motivo da presença daqueles brancos ali, asseguraram-lhes que não deixariam nenhum branco entrar em seus domínios. Bartolomeu e seus bandeirantes acamparam por ali, imaginando uma solução para o impasse. Não poderiam usar a força pois os índios estavam em muito maior número. Bartolomeu, então, lembrou-se do episódio de Caramuru, mas ali não daria certo este truque, pois os índios já conheciam espingardas. Teve então outra idéia. Chamou alguns índios e disse-lhes: - Ou vocês me deixam passar, ou porei fogo em todas as águas daqui. Secarei as lagoas e os rios e todos morrerão de sede. Se até amanhã não me derem permissão para passar e não me indicarem o caminho da mina que procuro, porei fogo na água. Voltando à aldeia, informaram ao cacique que, preocupado, consultou o pajé, perguntando-lhe se aquele branco poderia cumprir a ameaça. Este lhe disse que não acreditava que Tupã concederia tal poder a alguém. O cacique e a tribo tranqüilizaram-se. No dia seguinte, ao ser informado que não os deixariam passar, Bartolomeu chamou alguns índios para mais perto e pegou uma guampa, que havia previamente enchido de pólvora, encostou-a na água e colocou-lhe fogo. Os índios tiveram a impressão de que o fogo vinha da água e, horrorizados foram contar tudo ao cacique. Este veio ajoelhar-se, pessoalmente, perante aquele “Anhangüera” (Diabo Velho) e pedir que não secasse a água, dando-lhe permissão para passar. Dizem que Anhangüera nunca conseguiu encontrar a Mina dos Martírios, embora tenha encontrado outras.
BASEADO EM “HISTÓRIAS E LENDAS DO BRASIL” – ED. APEL



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