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Papai Noel Pobre
(Rosana Bonsi Theodoro)

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Havia uma comunidade em estado de calamidade pública, sem luz elétrica, o cheiro fétido no ar passava avassalador por causa do esgoto a céu aberto. Seu Lucas tinha imaginado que aquele ano seria diferente., trabalhou determinadamente para o projeto “Papai Noel na favela”consertou brinquedos, recebeu doações de novos,empacotava meio sem jeito, mas mesmo assim achava bonito os presentes.Pensava:"Quando pequeno eu queria tanto uma bola,e sonhei muito mas não consegui.”.Hoje eu vou, fazer alguém feliz!Dia 24 chegou com um tremendo vendaval, e o pequeno barracão de seu Lucas e os brinquedos foram levados pela correnteza das águas.Tentou o máximo que pode para salvar alguma coisa, mas quase morreu afogado.Desesperado e sem esperança foi para a parte mais alta do morro chorar.O seu choro era tão triste,que através do vento ecoava a todo instante no meio daquele lugar. As pessoas que ali moravam não entendiam aquele barulho,que vinha abrindo as portas e as janelas ferozmente soando como um alarme repentino.Completamente estranho parecia o badalar de sinos.Como o barulho era grande e vento muito forte, todos ficaram com medo e foram até a igreja,que pela excelência na construção e dedicação do povo,era o lugar mais seguro.E o choro continuava como um badalar de sinos. O padre Joça pediu para as pessoas se ajoelharem, rezarem para a chuva e o vento passarem. Faltavam alguns minutos para meia-noite e tudo ficou em silêncio menos os sinos. Lucas desesperadamente inconformado chorava mais e mais , enquanto mais chorava mais os sinos tilintavam.Tudo estava perdido pensou consigo mesmo,e chorava....descendo o morro para não perder a missa.Qual foi a sua surpresa ao olhar para o sacrário, viu ás hóstias dispostas a serem oferecidas, em homenagem ao corpo e sangue de Jesus. Em um devaneio foi ao púlpito ainda chorando...tocado pelo Espírito Santo, pediu licença ao padre para falar:“Meus amigo, trabaiei o ano inteirinho pra pode enche a molecada de presente, e traze proceis um tiquinho de felicidade , pra quem não tem nada.Mas agora na igreja que nóis construiu, tijolo por tijolo, com tanto amor,me apercebi que o presente maió tá aqui ó, drento do sacrário.Jesus disse, este pão é aminha carne, este vinho é o meu sangue, tomai e bebei o sangue da Nova e eterna aliança, que foi derramado por voz para o perdão dos pecadoQuem compartilhar comigo o meu sangue a minha carne imolada como cordeiro de Deus , seus pecados serão pedoados.Eis o mistério da fé.E eu que pensava que o presente maió fosse brinquedo, mas minha gente, o presente maió é o Cristo Vivo! Os sinos obedientes a Lucas tinham por um instante enquanto falava parado de tocar, mas de repente veio um turbilhão de sons, assegurando que foi um milagre as suas justas palavras.Todos os anos até hoje no dia de Natal ouve-se um choro e o replicar dos sinos, para lembrar a todos o seu verdadeiro significado!O engraçado é que a igrejinha nunca teve um sino sequer! Tem sim uma sina, A MESMA DE CRISTO!



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