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MARKHEIM - CONTO
(ROBERT LOUIS STEVENSON)

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Markheim é um miniconto de Robert Louis Stevenson , narrado em terceira pessoa, de estrutura linear, publicado em 1887 logo após seu livro mais vendido: - O Médico e o Monstro - que o consagrou como escritor, herdara da mãe a tuberculose e morrera aos 44 anos. Durante sua vida curta fez jus ao seu talento e grande inspiração para a literatura, tendo o reconhecimento de profundo conhecedor da alma humana, numa época que se iniciava a crescente queda de valores e mudança de princípios morais e éticos impostos por uma sociedade capitalista.
Um simples comerciante preparava-se para fechar a loja para balanço, num dia de Natal quando chegou um homem chamado Markheim, antigo freguês. O comerciante não o recebeu bem, pois se sentia incomodado com a presença do sujeito, justamente quando estava sozinho, iluminados somente por uma candeia quando o rapaz procurava um presente para sua futura esposa num jantar de Natal, pois esquecera de o fazer no dia anterior. Markheim fez um discurso preparado, irritando-se com o tom de ironia que estava sendo tratado. O comerciante ofereceu um espelho como presente e terminou a oferta zombando do freguês dizendo que não teria melhor presente do que aquele que vê a si mesmo. O comerciante quis encerrar a conversa convidando o freguês a se retirar caso não quisesse comprar nada. Markheim, na verdade, entrou na loja com o fim de acabar com a vida do lojista, rico, possuidor de um cofre cheio de dinheiro, por isso continuou a prosa de pretexto para, na oportunidade, golpear o comerciante com um punhal semelhante a um espeto, já tudo premeditado. Para concluir o seu plano macabro, pediu ao comerciante que oferecesse outro presente, pois o espelho não o agradara. O casamento era com uma senhora muito rica e nada poderia dar errado. Quando o mesmo virou para lhe mostrar outra opção de oferta Markheim ataca o homem friamente como havia planejado. Enquanto enchia os bolsos de dinheiro, Markheim ouvia com grande perturbação os passos dos transeuntes e vozes de mulheres na calçada que soavam como agulhas espetando suas entranhas. Refletia, embora sem remorso, a frieza do seu gesto. E sentia a mão do policial levando-o para a prisão, sendo julgado e condenado. O assassino justificava seus atos na insignificância da vítima, na pobreza de seu caráter e no seu amor ao dinheiro e a dedicação total e exclusiva ao comércio e a acumular fortuna , como único objetivo de sua existência. Pegou o morto nas costas para levá-lo para dentro da casa e assim se esconder de possíveis testemunhas de seu ato insano. Procurava as chaves para finalmente encontrar o que lhe faltava para ir embora o mais rápido possível e se livrar daquela cena que o perturbava e finalmente colocar em prática o objetivo do seu plano. Mas uma forte chuva desabou dos céus e Markheim enlouquecera de vez, as vozes das pessoas nas ruas, o barulho da chuva, os espelhos refletindo seu rosto desfigurado e pálido, o atordoava de tal maneira que quase o deixou inerte, sem forças para reagir. Assustava-se com qualquer movimento inesperado. Pensava incessantemente no castigo dos homens e de Deus. Na providência divina e na prisão, no enforcamento que seria submetido caso alguém aparecesse ali naquele momento. De repente o trinco da porta se mexe e entra um rapaz jovial e sorrindo espontaneamente, cumprimenta Markheim com uma cordialidade como se falasse com um amigo e sai. Markheim soltou um grito de horror e o rapaz jovial volta e dirige-se a Markheim naturalmente e pergunta se ele está procurando o dinheiro. O assassino vê no rapaz a sua própria consciência e considera tudo aquilo uma visão e não consegue deixar de desabafar tudo àquele ser que não se sabia se era do céu ou da terra. O rapaz jovial o levou a refletir sobre seus atos, numa visão sobremaneira introspectiva, levando-o à redenção, ao arrependimento de todos os seus pecados, vendo a si mesmo com olhos misericordiosos e brotou nele um imenso sentimento de culpa e que não encontraria paz senão pelo pagamento de seus pecados pela justiça dos homens, já que pela justiça de Deus já havia sido perdoado. Quando ouviu a campainha tocar. Abriu a porta. Era a polícia. Markheim se entregou confessando o assassinato. Nada mais havia a fazer senão cumprir as leis dos homens.



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