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Viver é Crescder
(Henrique Martires)

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No momento em que os cromossomas do pai e da mãe se encontram e se abraçam numa explosão de contentamento biológico, no óvulo se forma uma unidade constituída por uma só célula - é o zigoto. O zigoto passa os próximos dias viajando pela trompa de Falópio multiplicando rapidamente o seu número de células. Um aglomerado de células é formado por esta divisão celular, cada uma com uma cópia dos genes que darão lugar mais tarde ao feto. Esse amontoado de células na trompa de Falópio é chamado mórula (cacho de amoras).Continuando a desenvolver-se, a mórula se torna uma concha externa de células com um grupo crescente de células internas. Esta etapa do desenvolvimento embrionário é chamada blastócito. O grupo externo de células se torna a membrana que alimenta e protege o grupo interno, que se torna o feto.Esta capacidade de multiplicação celular, no sentido de se formar um ser completo é um critério importante na definição de vida!Viver é crescer, é desenvolver-se num frenesim que só termina no momento da morte. Nada que não tem vida, cresce. Dizemos que uma planta morre quando ela pára de crescer. Quando um sujeito morre pára todo crescimento e termina a vida.O óvulo depois de fecundado se multiplica a uma velocidade espantosa. Na realidade, ele passa de duas células indiferenciadas (Em citologia, chama-se célula indiferenciada a uma célula que ainda não tem definida uma função no embrião ou no futuro organismo), a centenas de células em poucos dias.Se este processo não for interrompido, às três semanas já todas as células estão destinadas para assumir as suas funções e ocuparem os lugares que vão formar o futuro ser humano. No 26° dia já se reconhecem pequenos botões onde se adivinham os braços e as mãos. No 28° dia são visíveis os botões que vão dar lugar aos pés e às pernas. Algumas estruturas, embora ainda rudimentares e não totalmente formadas, já funcionam. Nesta altura, já se formou o músculo cardíaco, o início do desenvolvimento do cérebro e do tracto gastrointestinal. O cérebro médio, onde se situa o sistema responsável pela memória emocional, já é visível ao microscópio electrónico.Mas o que me parece importante aqui realçar é que, antes da mãe sequer saber que está grávida já esse ser tem uma forma, mesmo que ainda elementar, interage com ela, fornece milhares de informações e dela recebe respostas no sentido de garantirem o necessário para a sua sobrevivência. Se não for prematuramente interrompida a progressão em direcção à maturidade é inexorável. O rigoroso e implacável percurso destinado à vida constitui uma certeza que só pode ser interrompida por uma qualquer conjuntura acidental.Como uma semente contendo toda informação genética necessária para garantir uma absoluta fidelidade à sua espécie, este maravilhoso ser contínua a crescer numa velocidade astronómica e de um modo organizado, metódico e sistemático. Cada célula que compõe esta minúscula criatura possui estruturas fundamentais com funções precisas, cada uma estabelecendo, nesse universo líquido carregado de organelos microscópicos, mandatos específicos e perfeitamente funcionais.Essas células comunicam umas com as outras, recebendo informações ininterruptas e respondendo a elas dum modo magnificamente elaborado.Estes corpúsculos microscópicos – as células, são dirigidos por um chefe da orquestra que administra, duma forma espantosa e precisa, todas as necessidades dela e a sua sobrevivência nas melhores condições. Além disso, garante que a função para a qual aquela célula foi designada se processe dum modo preciso e eficaz. Estamos a falar do núcleo. Ele fica bem no centro da célula e funciona como o quartel-general das forças em parada. Dentro deste se escondem os nossos genes ligados aos cromossomas. Aqui são analisadas as necessidades da célula, e criadas as condições necessárias para a elaboração de substâncias indispensáveis àvida.No núcleo de cada célula, se encontra o centro de criptagem onde são guardadas e lidas todas as informações provenientes da célula.Depois de analisadas todas essas informações que chegam ao núcleo, este, elabora uma resposta segundo um código absolutamente único e que só ele próprio sabe descodificar. Estes códigos estão inscritos numa estrutura que se chama o ADN (ácido desoxirribonucleico).Cada um de nós possui uma complicada rede de códigos bem dissimulados dentro desta estrutura. Quando uma informação deve ser enviada à superfície da célula, soldados especiais chamados ARNm (ácido ribonucleico mensageiro), vão captá-la e transportá-la até à membrana que é uma espécie de pele que circunda cada célula protegendo-a do meio ambiente onde ela se insere. Esta membrana é selectiva e sendo permeável permite a entrada de certas substâncias. Aqui, mecanismos bem dirigidos, digamos soldados que estão de sentinela permanente à porta deste quartel, vão ler e descodificar essa mensagem, e deixar entrar aquelas substâncias que foram indicadas pelo comandante do quartel-general – e assim produzir certas substâncias e criar as proteínas.



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