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Trabalho de Parto
(Thais)

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O trabalho de parto é um mecanismo fisiológico desencadeado por ações neuro-hormonais e mecânicas, onde parte das contrações expulsivas é voluntária, podendo a parturiente controlá-las, intensificando-as ou abrandando-as; com isso verifica-se o parto como ato motor intencional, que pode ser treinado, aprendido, sem se dissociar dos aspectos cognitivos e afetivos.
O útero grávido a termo é uma bolsa muscular de parede lisa que contém o feto maduro, a placenta à qual o feto está ligado pelo cordão umbilical e líquido amniótico que encobre o feto. Próximo ao final da gravidez as contrações do músculo uterino tornam-se bastante fortes para eliminar os produtos da concepção, a esta fase dá-se o nome de trabalho de parto, o qual depende de muitas variáveis, diferencia-se de mulher para mulher e até em diferentes partos de uma mesma mulher.
O início do trabalho de parto é muitas vezes marcado por uma dor lombar e por uma sensação de aperto no abdome, podendo ser similar a cólicas menstruais e cursar com aparecimento de sangue; e o diagnóstico do trabalho de parto se faz, em geral, pela presença de contrações uterinas em intervalos regulares, que vão progressivamente aumentando em freqüência e intensidade com o passar do tempo e não diminuem com o repouso da gestante.
O processo do trabalho de parto é dividido em três etapas: a etapa de dilatação que começa com o início das contrações regulares e termina com a dilatação completa da cérvix; a etapa de expulsão que começa com a dilatação completa da cérvix e termina com a saída completa do feto; e a etapa placentária que começa imediatamente após a criança nascer e termina quando a placenta é liberada.
O elemento crucial para etapa de dilatação são as contrações musculares uterinas involuntárias e intermitentes, os períodos de relaxamento entre as contrações inicialmente são mais longos do que os períodos de contração e este intervalo dá a mãe um período de descanso em que permite que ocorra a circulação adequada nos vasos sanguíneos uterinos, o que é importante para oxigenação do feto através da adequada função placentária. No início do trabalho de parto as contrações são leves, causam pouco desconforto e podem ocorrer com intervalos de dez a vinte minutos e durar quinze a trinta segundos; à medida que progride o trabalho de parto as contrações aumentam gradualmente de intensidade e freqüência até que ocorram a cada três ou quatro minutos e durem cerca de cinqüenta a setenta e cinco segundos.
O desconforto de uma contração inicia-se geralmente no dorso e irradia-se lentamente para o abdome e às vezes irradia-se também em direção aos membros inferiores. Durante cada contração uterina há um período de intensidade crescente, que é o período mais longo, um período de máxima intensidade e um período de intensidade decrescente.
É durante o período de expulsão que as forças do trabalho de parto movem o feto através do canal de parto e provocam o seu nascimento; as contrações do músculo uterino adicionado a contrações voluntárias da musculatura abdominal são as forças que agem a favor do parto nesta fase do trabalho de parto, mas sofrem resistência do canal de parto, ao qual a cabeça da criança deverá se acomodar, e dos músculos e fáscias do assoalho pélvico. Nesta etapa, as contrações uterinas são regulares e muito fortes, ocorrendo em intervalos de dois a três minutos e duram cerca de cinqüenta a noventa segundos.
As alterações que ocorrem na vagina e no períneo para permitir a passagem da criança são hipertrofia e aumento do conteúdo líquido dos tecidos e aumento da vascularização dessas estruturas. As alterações são mais acentuadas nos músculos elevadores do ânus, que devem ser alongados de modo considerável, e no corpo do períneo, que à medida que a criança passa através do canal do parto é transformado de uma massa espessa, em forma de cunha, em uma estrutura muito fina.
A cabeça é expelida durante a primeira ou a segunda contração que se dá após o coroamento e, após a liberação da cabeça, na primeira ou segunda contração seguinte o restante do corpo é liberado. Assim que a criança nasce, o líquido amniótico que estava por trás do coro dela escorre para fora em uma corrente contínua ou em um jorro, e pode ser acompanhado por uma pequena quantidade de sangue.
No começo da etapa placentária, o útero que se contraiu para baixo à medida que seu conteúdo foi diminuindo durante o nascimento da criança, é uma massa rígida acima de um segmento uterino inferior colapsado e está bem livremente móvel no interior da cavidade abdominal, as suas paredes estão consideravelmente mais espessas do que eram antes do trabalho de parto e ele está tão diminuído de tamanho que a parte superior do fundo do útero fica ligeiramente abaixo do umbigo. A sua cavidade agora contém somente a placenta e as membranas fetais. As contrações do músculo uterino continuam a intervalos de três a quatro minutos, porém causam menos desconforto.



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