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O agente secreto
(Graham Greene)

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As obras de Graham Greene são, para mim, as que provavelmente melhor traduzem o estilo literário anglo-saxónico, com uma história de interesse geral, com princípio meio e fim, reflectindo atitudes, sentimentos e comportamentos em cruzilhadas sentimentais desenvolvidas entre seres humanos interesseiros. Há outros escritores clássicos como Hemingway que também são cartazes dessa literatura, mas convenhamos que este último é muito influenciado por um tempero (que fica longe do temperamento) latino que parece derreter quando procuramos o carisma do autor. Greene é puro, inglês em todo o seu volume e com uma inteligência invulgarmente casada com uma imaginação soberba.
“O agente secreto”, tal como outras obras do autor como, por exemplo, a divertida novela “O nosso agente em Havana”, traduz o que Greene fez realmente na sua vida profissional para além de escritor, dando-lhe acesso a muita informação secreta que permitia antever o que iria acontecer num futuro próximo como a segunda Guerra Mundial. As obras de Greene ganham muita credibilidade ao oferecerem ao leitor algo que poderá acontecer na realidade, baseado em factos reais que estão presentes na informação recebida através da Comunicação Social.
Com Greene, problemas políticos e estratégicos para a supremacia das potências Europeias são resolvidos por agentes infiltrados que fazem todo um trabalho de espionagem para roubar projectos ou para negociar matérias-primas para o fabrico de armas, misturando-se o mal com o bem, deixando as moralidades sobreviverem ao sabor do leitor.
O estilo britânico com pouca acção puramente física não esconde um certo render à dureza nas relações humanas de um agente secreto, tão presente nas obras policiais americanas. Fica por saber quem influenciou quem, embora eu prefira pensar que foi Greene, um Europeu, quem influenciou Chandler por exemplo. Encontro em D. (o nome do agente secreto) algo de Philip Marlowe, sem os gangsters organizados mas com rufias ao serviço do poder mais Nobre e descomprometido da Sociedade de então.
De resto D. distancia-se de Marlowe e aproxima-se culturalmente de Pepe (herói de Moltalban) ao ser Professor de literatura romanesca, mas sendo oriundo algures de um país pequeno da Europa assume uma postura própria.
“O agente secreto” é uma obra de leitura intemporal, embora reflicta todo o período que antecedeu a Segunda Grande Guerra e que a justificou. Esta saga que também serve para melhor entender a História, foi escrita numa altura muito conturbada da vida do autor que chegou mesmo a viciar-se em Benzerdine para aguentar um ritmo alucinogénico de escrever a obra em seis semanas, apenas durante as manhãs, deixando as tardes para outra obra que entretanto tinha em mãos. Por isso o autor confessa o seu vício que, para o desmame, teve que reduzir gradualmente as doses. Também confessa que perante o efeito das drogas, não sabe se é realmente o autor da obra ou se não será o próprio protagonista Mr. D.
Este professor especializado na época Medieval torna-se agente secreto para defender uma das facções de uma guerra civil de um pequeno País Europeu, tendo a missão de comprar carvão a qualquer preço em Inglaterra. Diversas peripécias e um assassínio, tornam a vida de D. um inferno. Para ler e guardar pois a probabilidade de reler é



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