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O bombardeio da Bahia 1912
(Nei Silva)

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A Bahia foi o último Estado a reconhecer a Republica, em parte pela pouca representatividade do Partido Republicano Baiano, que era formados por intelectuais, profissionais liberais e estudantes, diferente dos Partidos Republicanos do Rio de Janeiro e São Paulo formados pela burguesia cafeeira. Entretanto, o fator mais importante estava na crise econômica enfrentada pela oligarquia baiana, desde de 1830, quando o açúcar perde o primeiro lugar nas exportações do Império para o café. Seus preços, no mercado internacional, decresciam continuamente, inquietando seus produtores que tinham, àquele tempo, de enfrentar a concorrência que lhes faziam os da ilha de Cuba, onde haviam sido instalados aparelhos industriais de maior eficiência produtiva, e os dos países europeus, onde se desenvolvia, rapidamente, a produção do açúcar de beterraba . Com a crise do açúcar, a elite política e a burguesia agro-comercial baiana, manteve-se economicamente. Dependente da Coroa, pois ela lhe subsidiava recursos para a produção e exportação do açúcar, assim como concedia privilégios na cobrança dos impostos. O fim da monarquia acarretou para o Estado da Bahia uma instabilidade na sua política. As oligarquias baianas encontraram-se desorientada e desarticuladas devido à implantação do regime republicano. Este tinha como objetivo criar um Estado forte, eliminando assim a política de conchavos e privilégios característicos das oligarquias. Para alcançar os seus objetivos o governo republicano adotou a pratica de indicações e nomeações de governadores ajustados com os mesmo propósitos. O primeiro governo provisório nomeado pelo regime republicano foi o de Virgilio Damásio em 17 de Novembro de 1889, devido à resistência por parte de Manoel Vitorino a aceitar a sua nomeação como governador do Estado. Entretanto a aceitação da Republica na Bahia só ocorreu após negociações entre oficias do exercito e políticos liberais, Republicanos e Conservadores. Tanto o partido conservador como o liberal era liderado por nomes menos expressivos – João Ferreira de Moura, César Zama e José Luiz de Almeida Couto (o ultimo presidente provincial liberal da Bahia) - que tentou preencher o vazio deixado por Saraiva e Souza Dantas. Do lado Conservador Luiz Viana, José Gonçalves da Silva, Severino Vieira e Inúmeros outros lutavam pela posição de comando . Após muita insistência por parte de Rui Barbosa e pelos apelos da Associação Comercial da Bahia, Manoel Vitorino assume o governo do Estado. O governo de Manoel Vitorino e do seu sucessor General Hermes da Fonseca foram marcados pela curta duração, ambos duraram apenas cinco meses. A pequena duração, as muitas greves, os vários movimentos de políticos, dissoluções de partidos, manifestos diversos de vários setores da sociedade, descontentamento ora das oligarquias locais, ora do governo da Republica, são evidencias deste difícil instável momento no Estado. Com o afastamento de Manuel Vitorino, os oligárquicos encontraram facilidades para recompor suas bases eleitorais e garantirem a maioria na Assembléia Constituinte, com o objetivo de passarem para o novo regime político sem alterar a sua estrutura política de privilégios. Com a promulgação da Constituição dos Estados Unidos do Brasil, em 14 de fevereiro de 1891, defini-se as regras do jogo político, entre o projeto de Estado moderno Republicano e o poder oligárquico regional possibilitando a estabilização do regime. Joaquim Manuel Rodrigues Lima foi o primeiro governador da Bahia eleito, e também o primeiro a cumprir todo o mandato, de 1892 a 1896. A nova Constituição legitimou o poder das Oligarquias regionais, dando-lhes a liberdade de disputar o poder dentro das mesmas condições do período monárquico. As articulações e disputas internas de cada Estado passaram então a ser resolvidas no plano regional. O governo federal passava a apoiar o grupo vencedor da disputa pelo poder em cada Estado, conseguindo assim a almejada estabilidade para o país.



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