Resumo de O Desafio da Liderança - Cecília Whitaker Bergamini

O texto da autora se refere aos vários conceitos de Liderança que foram sendo elaborados, a partir do grande interesse nas relações humanas, e que estabelecem comunicações verticais. Trata, assim, da própria situação do líder, do caminho trilhado até a liderança e sobre a preocupação das organizações em relação aos modelos explicativos da eficácia dos líderes . Conforme Stogdill (1974) o termo "Liderança" surgiu por volta do ano 1300 da era cristã, embora venha sendo utilizado há aproximadamente duzentos anos na língua inglesa. Na filosofia de Platão a idéia de liderança já existia, relacionada às suas observações acerca da preparação dos líderes políticos. O estudo desse tema não é uniforme, devido mesmo ao seu caráter social, de modo que o interesse inicial foi pela pessoa do líder, suas características, seus traços particulares, que seriam considerados como meio de distinguir entre o verdadeiro líder e os demais indivíduos. Alguns traços são: autoconfiança, habilidades interpessoais, autoconfiança, ascendência e domínio, fluência verbal, participação social, equilíbrio emocional, controle e busca da responsabilidade. Na década de 1940, ainda se entendia que os liderados eram passivos, daí porque os estudos se voltaram para os "estilos" de liderança. Das pesquisas e trabalhos de Rensis Likert na Universidade de Michigan surgem os estilos "orientados para o empregado" e estilos de liderança "orientados para a produção". Decorre dessa mudança de paradigmas que a liderança deixa de ser considerada inata e passa a ser vista como uma atividade passível de ser desenvolvida pelo treinamento. Desenvolveram-se, assim, inúmeros "pacotes" de treinamento e desenvolvimento em liderança, dirigidos às organizações como solução a problemas ligados à eficácia dos líderes. Esses programas, contudo, desapareceram por não serem confiáveis do ponto de vista científico. A conhecida classificação dos líderes em autocrata e democrata, advém dessa crença no potencial desenvolvimentista da liderança. Essa proposta decorria, contudo, de uma necessidade urgente do pós-guerra, em incrementar a eficácia dos grupos de trabalho, mas não se conseguiram , as teses que sustentam essa classificação, desvendar as questões mais fundamentais acerca do assunto, conforme Smith e Peterson (1989) Os estudos que consideram a motivação passaram a entender que o seguidor não era alguém tão passivo, e que a questão poderia ser entendida a partir do processo de trocas sociais envolvido na relação entre o líder e os liderados. Baseado em reconhecimento e aceitação o novo modelo de liderança propõe distinguir o líder do seu status na organização. Surgem as escolas situacionais em liderança que tratam o fenômeno de modo contingente, tentando entender quais elementos compõe a relação do líder e seus seguidores. (continua na parte 2).......................................... ........................................... ........................................... ......................................................................

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