Resumo de Aprecia o teu trabalho

Trabalhar não é só um meio para atingir um fim. O trabalho tem um enorme valor intrínseco. As vulgares teorias económicas assumem que o tempo passado em actividades de lazer é agradável e que o tempo passado a trabalhar é penoso - e que só se trabalha para ganhar dinheiro, que necessitamos para outros desejos. Em resumo, quando se fala de trabalho, existe um conflito de pontos de vista. Um ponto de vista diz que o trabalho é uma fonte de felicidade, o outro diz que é um mal necessário. Qual dos pontos de vista é o mais correcto para a maioria das pessoas? Pergunte a si mesmo isto: qual a percentagem de pessoas que você acha que estão contentes com o seu trabalho? Vinte por cento? Trinta? As vulgares teorias económicas assumem que o tempo passado em actividades de lazer é agradável e que o tempo passado a trabalhar é penoso - e que só se trabalha para ganhar dinheiro, que necessitamos para outros desejos. Para a maioria das pessoas, um trabalho agradável é uma fonte de felicidade - mais do que as actividades de lazer. Entre aqueles que dizem que estão felizes com a sua vida, 95 porcento são pessoas satisfeitas com o seu emprego, e trabalhariam mesmo que não necessitassem. Obviamente, existe razão ao dizer que as horas excessivas de trabalho diminuem a saúde e a qualidade de vida. A noção de "atingir um objectivo" como um princípio guia para a felicidade explica alguns factos interessantes acerca do que realmente compensa os trabalhadores nos seus empregos. De facto, existe uma forte evidencia que as compensações como o salário e as férias - as "compensações extrinsecas" do emprego - pode ter um efeito negativo na satisfação do trabalhador por degradar as "compensações intrinsecas" que as pessoas tanto dão valor. A razão para isto é que as pessoas deixam de ver o trabalho como prazer quando envolve um pagamento. Outra rota do trabalho para a felicidade é o controlo. De acordo com os psicólogos Edward Deci e Richard Ryan, em alguns dos mais importantes estudos psicológicos do tema, as pessoas têm uma "necessidade intrinseca de ser auto-determinantes". Isto quer dizer que o trabalho dá às pessoas a sensação que estão a controlar a sua vida, e isso fá-las felizes. Como Aristoteles disse, "A felicidade pertence aos auto suficientes". O controlo é a razão pela qual é tão importante para muitos trabalhadores a segurança do emprego, para que se sintam bem nesse emprego. Nada baixa tanto a nossa sensação de controlo do que a insegurança na capacidade de fazer pela vidal. O trabalho traz felicidade. O que acontece se não temos trabalho? E em relação à reforma? A separação voluntária do trabalho numa certa idade tem a mesma influência negativa para a nossa felicidade? Os mais felizes não são aqueles que passam mais tempo em actividades de lazer, mas a maioria daqueles que têm trabalhos onde se sentem bem. Os mais infelizes entre nós, são normalmente aqueles que estão desempregados, na Segurança Social, ou membros da pequena minoria que têm empregos insatisfatórios. Quando se trata de trabalho, se a felicidade é o nosso objectivo, não temos desculpas para não fazermos um bom trabalho. Obviamente, nem todos os trabalhos trazem satisfação e felicidade.

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