Sorte e Arte
(Jose Roberto de Alencar)
O livro de José Roberto de Alencar nos relata alguns dos diversos furos jornalísticos do autor. Um jornalismo incomum era o que Alencar praticava, pois sempre tinha desconfiança quando pegava as pautas, e nunca publicava matéria alguma antes de muita investigação acerca da pauta, o que poderia dar um ponta-pé inicial para outra pauta; surge-se então o furo jornalístico. Sempre com um texto conciso e muito bem informativo, Alencar produzia suas matérias. Não esquecendo, do sempre bom humor empregado nos textos, e também das "pitadas'' de ironia. O compromisso acima de tudo do autor, ele nos relata, é com o leitor. Para Alencar o que importa é o leitor. e não a repercussão da matéria ou o agrado do chefe. Quando saia da redação, Alencar já se preocupava em buscar saber sobre a veracidade dos fatos, e ele não dava importância a qualquer pauta que lhe era passada, por isso sempre surgia os furos. Pois o que era importante para o editor do jornal, poderia não ter relevância para Alencar, daí poderia dar início a outra pauta. Como também surgia pautas de situações inusitadas, vividas pelo jornalista Alencar. Sorte era preciso para Alencar, pois já teve que cobrir pautas onde o que ele fez foi passar toda uma tarde bebendo em um bar, e nesse lugar conseguia, ou melhor, tinha a sorte de conhecer alguém que lhe levaria a alguma fonte importante e inédita. Arte também fazia parte da vida jornalística de Alencar, pois ele transformava fatos que aparentemente não interessaria a ninguém, em exemplos de vida e/ou histórias emocionantes e informativas. No livro, o autor transcreve trechos de matérias por ele publicadas juntamente com a sua narrativa em primeira pessoa de como foi feita a matéria em destaque. A divisão do livro é feita por matérias jornalísticas. Sendo a narrativa sobre como foi feita cada matéria específica e o trecho da matéria, um capítulo do livro. Não nos resta duvida, Jose Roberto de Alencar foi um exímio repórter.
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