Dor de Parto
(Carla Santos)
A dor não é uma sensação mensurável. É uma experiência que resulta da natureza dos estímulos e também da programação dos mecanismos de percepção da dor e da sua interpretação cerebral. É impossível dividi-la entre o corpo e a mente, pois é uma função integrada de todo o sistema nervoso, incluindo a consciência, e as respostas emocionais e comportamentais (Coniam, S., et al, 1997).
A ansiedade, o medo, o direccionamento da atenção e as actividades cognitivas influenciam a cognição da dor (DeGroot, J., 1994).
A dor de parto é uma dor distinta da maioria das dores. Pode ser considerada uma “dor funcional”, pois ocorre quando o colo do útero se abre para que o bebé possa ser expulso.
O parto e as dores que lhe são características constituem um processo complexo, influenciado não só pelos aspectos fisiológicos, mas também, pelos aspectos individuais, sociais, culturais entre muitos outros.
Portanto, para a mulher, a satisfação no parto, a percepção de sintomas e as memórias que guarda do momento, dependem de diversas variáveis (Nichols & Humenick, 2000).
A forma como os profissionais de saúde lidam com a sua própria dor ou com a dor dos outros influencia, igualmente, a percepção da dor da grávida, durante o parto.
A Fisioterapia tem um papel importante a nível da percepção da dor durante o trabalho de parto. Esta acção pode ter lugar nas classes de preparação para o nascimento, nas quais as grávidas aprendem técnicas de relaxamento e respiração que poderão ser úteis no trabalho de parto. A hidroterapia e a massagem podem ser também um recurso das grávidas.
Diversos artigos pesquisados enfatizam não só a importância das classes de preparação para o nascimento mas também o papel do fisioterapeuta englobado no trabalho em equipa, na preparação da mulher para o parto.Escreva seu resumo aqui..
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