Goulart foi morto a pedido do Brasil
(Simone Iglesias.)
O ex-agente do serviço de inteligência do Uruguai, Mario Neira Barreiro, 54, preso desde 2003 na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas(RS), aparece numa entrevista à Folha de São Paulo, do dia 27 de janeiro de 2008, e contou que espionou o presidente João Goulart, o Jango(1918-1976) durante quatro anos, e que ele foi morto por envenenamento a pedido do governo brasileiro. Barreto deu detalhes da operação que teria causado a morte de Jango em 6 de dezembro de 1976. Barreto diz que o vigiou 24 horas por dia de 1973 a 1976. Barreto falou que Sérgio Paranhos Fleury(que morreu em 1979), à época delegado do Dops (Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo), era a ligação entre a inteligência uruguaia e o governo brasileiro. A ordem para matar Jango partiu de Fleury, em reunião no Uruguai com dois comandantes que chefiavam a "equipe Centauro", grupo que monitorava Jango. Barreiro fazia parte do grupo. O conteúdo das conversas gravadas não era grave a ponto de justificar o assassinato, mas, segundo Barreiro, interpretações "erradas e exageradas" do governo brasileiro levaram ao assassinato. Barreiro disse que a ordem para que isso acontecesse partiu do então presidente Ernesto Geisel (1908-1996), e foi transmitida a Fleury, que acertou com o seviço de inteligência do Uruguai os detalhes da operação. Teria sido acompanhada e financiada pela CIA(agência de inteligência americana). O plano consistia em colocar veneno nos frascos dos remédios que Jango tomava para o coração. Barreiro, porém, não apresentou provas de suas afirmações.
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