IMP.
(Thiago Ponce de Moraes)
IMP. acto agável alpável aludismo ar aridade aripenado artilhável asse assível avidez ecável edância edido editivo elir endente enetrável enhorável enitente ensável erante erativo erceptível erdoável erecedouro erecível erfectível erfeito erfuração erial erícia erioso ermear ermutável erscrutável ersonalidade ertérrito ertinente erturbável ervio essoal etigo eto etrante etrar etuoso iedade igem ingir io lacável lantação lemento lexo licação licância lícito loração losão lume luvio olidez oluto onderável onente opular ortador ortante ortável orte ortuno osição ossível ostação ostar osto ostor ostura otável otência raticabilidade recativo recisão regnação rensar rescindível rescritibilidade rescritível ressão ressionabilidade ressionante ressionável ressionismo essionista ressivo resso ressor restável reterível revisão rimar rimir robabilidade robo rocedência rodutivo roficiente rofícuo romptu ronunciável ropério róprio rorrogável rovável rovido rovisação rudente ubescência rudência udico ugnável ulsão ulsor une uro utável utrescível Assim é IMP., que por abarcar variantes significados e não caber em fôrmas, intitula-se uma abreviatura, ou seja, o que se reduz na busca pela economia do espaço em branco e pelo esmero poético que dança com o silêncio, com o que não termina. Por isso, as iniciais. Além disso, as abreviações forjam a omissão de vogais, das quais o som é emitido sem impedimentos pela boca. Em IMP., caminha-se ao encontro dos obstáculos, das complexidades. A estréia de Thiago Ponce de Moraes é epigrafada por Heráclito, o “pai da dialética”, que registra: “Não sabendo ouvir, não sabem falar.”. E é por meio dessa contraditória obscuridade que a obra é iluminada, por entre os conflitos líricos, às vezes desarmando as armadilhas poéticas; outras, produzindo novos estratagemas. Em mais uma fragmentação, Thiago recorta IMP. em três livros que vão desde um convite ao pronunciamento, ou seja, o diálogo, até o que está inacabado do que se é, pensa, faz: Quem desejar, diga, Todo poema e Aqui vai o que nunca de fato sei. Toda a obra é permeada por fendas, mas em “Livro I — Quem desejar, diga” percebe-se com maior propriedade o abarcamento deste tema. Como em Antídoto, assim alcunhado o fazer poético, como que limando as palavras contra o veneno que é o lugar-comum: Este leve Estilete a Esticar o Vão em Verso Su- Pondo perfumes Vales espirais (p.25) Ou em Três talhos de ti, em que se trabalha arduamente com as incisões que se passam entre a aorta e a cabeça, pelos movimentos arteriais das palavras que seguem a coreografia dos versos como uma necessidade vital, um desígnio ao apontamento de novas veredas. De sempre começar com acertos De sempre em sempre Resolver estrelas, trilhas De tempo em tempo em tempo Veio veia banda- Lha perguntar O que quer, quis, Quiser; seria carícia, Carótida? In- Tento, tento, tento, tento Se não > . . (p.29) Assim se dá também em Sorrateira. A chave que encerra o caminho que, reticente, não se cumpre no último ponto também aparece como figura neste poema que diz: “É torcer para não fugir/ Um estalo/ Foi –/ Seria” (p.38). Em o “Livro II — Todo poema” a abordagem está na integração, mas não na plenitude, haja vista que se trata de qualquer poema, portanto, cada. Nesse sentido, há uma implicação ao conjunto em que o singular significa o plural. Foi dessa maneira que aparece como primeiro poema da série, Tema: “Todo poema é.” (p.55). Também o presente é tempo poético. O que pode ser apreciado ainda com Suavez, com o atenuante embaraço de saber-se parte de um labirinto envidraçado e adverso. Toca ao fundo
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