O Corpo Fala
(Pierre Weil; Roland Tompakow)
A linguagem do corpo é a linguagem mais natural de que o ser humano pode se utilizar para se expressar. A linguagem silenciosa do corpo, muitas vezes, contradiz a palavra falada, dizendo a pura verdade de maneira inconsciente. Nós não temos consciência das posturas de nosso corpo. É como se estivéssemos adormecidos e fossemos dominados pelos nossos instintos, pelos nossos sentimentos ou pelos nossos pensamentos. Ao contrário do que muitos pensam, não estamos conscientes quando estamos pensando. Os pensamentos nos dominam e a prova disto é a dificuldade que sentimos quando tentamos parar de pensar. A linguagem do corpo também é assim. Podemos nos tornar conscientes das nossas posturas e até controlá-las, mas conseguiremos somente por alguns segundos ou minutos.
O homem consciente tem tentado despertar, se livrar dos reflexos e condicionamentos e tomar o controle de si mesmo. São raros os homens que conseguem estar conscientes dos seus “animais” e ainda dominá-los. Nosso corpo expressa os nossos pensamentos, as nossas emoções e as nossas reações instintivas. Se o corpo expressa a personalidade mudando certos aspectos corporais, podemos, sim, mudar algo no nosso ser mental, emocional e instintivo. É o que acontece, por exemplo, quando engordamos e mudamos nossos hábitos em função do novo peso. O fundador do escotismo ensinava seus meninos , quando estivessem tristes, a sorrir para mudar seu estado de espírito. Por isso, há séculos, o homem tem desenvolvido métodos e técnicas para conseguir mudar o estado emocional e até mesmo atingir a estrutura da personalidade. A ioga, a dança, as técnicas de relaxamento e o judô são exemplos da busca de conscientização do corpo.
À medida que nos tornamos conscientes de nós mesmos, podemos controlar e dirigir a nós mesmos, alcançando a paz interior. Outras técnicas buscam a correção da postura corporal e dos movimentos visando evitar desgastes inúteis. Observando gestos e atitudes, conclui-se que todos buscamos preservar o Eu. Queremos eliminar as dúvidas, as contradições e os conflitos que acabam provocando tensões musculares e desgaste inútil de energia. Nossos conflitos ditam as nossas posturas e nós precisamos estar conscientes para conseguir ouvir a silenciosa linguagem de um corpo que fala.
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