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Tornar-se Pessoa
(Rogers; carl)

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Condições internas da criatividade construtiva
Há condições interiores que o indivíduo possui e que estão ligadas às potencialidades construtivas do acto criador.
Ao considerarmos que qualquer indivíduo cria determinado objecto, qualquer produto para se satisfazer a si próprio, não nos permite a distinção entre os bons e os maus objectivos, entre a «boa» e a «má» criatividade, não nos permite distinguir uma criatividade construtiva de outra, potencialmente destrutiva. Podem surgir formações patológicas sempre que o indivíduo negue à consciência ou recalque vastas áreas da experiência. Mas se o indivíduo estiver aberto a todos os aspectos da sua experiência, se estiver consciente das múltiplas sensações e percepções que se registam no seu organismo e for capaz de se adaptar, então, aumentará a capacidade para de forma socializada o produto resultante do seu acto criador, ser construtivo, tanto para os outros como para si mesmo.
Na pessoa que esteja aberta à experiência assiste-se a um estímulo que é livremente transmitido pelo sistema nervoso, sem que este seja distorcido por nenhum mecanismo de defesa, que pode até ser apenas psicológico, acontecendo sempre que determinadas experiências são impedidas de atingir a consciência, a não ser de forma distorcida. A atitude defensiva é a resposta do organismo a experiências apreendidas como ameaçadoras. Se o indivíduo manifestar esta abertura, significa que tem a capacidade de receber informações contraditórias, não se fechando à experiência de uma determinada situação, torna-se tolerante com a ambiguidade quando ela existe.
A abertura à experiência implica uma orientação extensional, uma total abertura da consciência ao que existe num determinado momento – esta, é uma condição importante para a manifestação de uma criatividade construtiva, embora se possa encontrar em toda a criatividade de modo igualmente intenso, mas mais limitado.

O centro interior de apreciação significa que o indivíduo, que cria primariamente para se satisfazer a si próprio, é também aquele que aprecia o seu produto, é ele que realiza um juízo de valor. Tal não significa que não tome consciência dos juízos dos outros, mas que a base de apreciação está dentro de si mesmo: é como uma «reacção organísmica» em relação à obra produzida.
É igualmente condição da criatividade a destreza que o indivíduo manifesta em manejar espontaneamente ideias, conceitos, formas e relações, ou seja, tem a capacidade para lidar com elementos e conceitos. Isto obriga que o indivíduo seja capaz de realizar justaposições de elementos impossíveis ou mesmo, a formular hipóteses inverosímeis ou tornando determinado dado problemático, por exemplo.
Uma pessoa criativa é autónoma nos seus pensamentos e acções, não se submetendo aos valores do grupo se as actividades e valores não são conformes às suas opções; tende a ser menos dogmática e mais relativistana sua concepção de vida do que as pessoas menos criativas, admitindo alguns aspectos menos racionais do seu comportamento, preferindo a complexidade e novidade à simplicidade e ao conhecido.



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