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LÍNGUA E LITERATURA: UNIDADE 12.
(FARACO E MOURA)

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Na Unidade XII, volume I, da obra “Língua e Literatura” de Faraco e Moura, os autores abordam as manifestações literárias da época medieval – do século XII ao século XV. O estilo que caracteriza essa época é o Trovadorismo.
Contexto histórico do TROVADORISMO – compreendido entre os séculos XII e XV, corresponde à Idade Média, caracterizada por um sistema social denominado feudalismo – este, marcado por três camadas hierárquicas: nobreza, clero e povo.
A terra era o índice de fortuna de um homem e era disputada através de guerras. Os nobres contratavam guerreiros, formando exércitos que eram pagos em terras. Assim, o guerreiro protege o feudo e o senhor lhe fornece a terra, surgindo a figura do vassalo – homem que recebe o feudo, jura fidelidade (a qual garante ao vassalo a posse do feudo, como se fosse dono e podendo arrendar a outros) e serviço militar ao seu senhor. A essa relação entre senhor e vassalo, chama-se vassalagem e supõe uma série de obrigações entre senhor e vassalo e vice-versa.
Essa dinâmica cria uma estrutura social vertical: clero e nobreza são os governantes e o povo são os trabalhadores que cultivam a terra. As três classes eram rigidamente separadas e acreditava-se que cada delas tinha um significado determinado por Deus. Era inexistente a possibilidade de passar de uma classe a outra.
A figura de Deus domina a cultura dessa época, gerando uma visão baseada no teocentrismo – Deus como centro do universo. A Igreja medieval exprimia o modo de pensar da classe dominante e se baseava na idéia de que a natureza humana é uma expressão da vontade divina. A autoridade da igreja, dominando a cultura medieval levou a uma concepção de mundo de que todas as coisas terrenas estão ligadas ao mundo divino. O homem ocupa plano subalterno e a salvação da alma é a preocupação básica.
As manifestações artísticas dessa época refletem esse contexto cultural. Na pintura e arquitetura as características da figura são: corpo esguio; roupa cobrindo quase todo o corpo e os cabelos; magreza do rosto; posição dos olhos voltados para o alto; demonstrando a tendência para a espiritualidade, o corpo é pecaminoso e impede o homem de chegar a Deus.
Na arquitetura, observa-se a grandiosidade dos templos e a preocupação de fazer com que tudo se volte para o céu.
Na literatura, o ano de 1198 marca o início da literatura em língua portuguesa. É a data mais provável do documento mais antigo escrito em português que é A Ribeirinha – cantiga dedicada a Maria Pais Ribeiro e escrita por Paio Soares de Taveirós.
O Trovadorismo é o período que vai de 1198 a 1418. A palavra origina-se de trovador o poeta da época que escrevia poemas (cantigas) para serem cantados com o acompanhamento de instrumentos musicais como a cítara, lira, harpa, viola, alaúde e outros. Além dessas manifestações em verso, a produção em prosa é representada pelas novelas de cavalaria com destaque para A demanda do Santo Graal.
Há dois tipos de cantiga: lírico-amorosa (cantiga de amor e cantiga de amigo) e satírica (cantiga de escárnio e cantiga de maldizer).
Tanto as cantigas lírico-amorosas quanto as satíricas foram reunidas sob forma manuscrita em cancioneiros, destacando-se: Cancioneiro da Ajuda; Cancioneiro da Biblioteca Nacional ou Colocci-Brancuti; Cancioneiro da Vaticana.
A prosa de ficção dessa época surge em fins do século XV e limita-se a tradução da novela A demanda do Santo Graal – o mais antigo documento da prosa portuguesa.
Quanto à gramática, a unidade estuda a concordância verbal.



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