Síndrome do Pânico parece aumentar o risco de doenças coronárias
(Ana)
Síndrome do Pânico parece aumentar o risco de doenças coronárias
Pacientes com síndrome do pânico têm o risco aumentado em cerca de duas vezes para doenças coronárias, e naqueles que também têm diagnostico de depressão o risco é quase três vezes maior, de acordo com uma nova pesquisa.
O estudo na edição corrente da Psychosomatic Medicine atenta para o histórico médico de aproximadamente 40.000 pessoas desde que foram diagnosticadas pela primeira vez como sofredoras da síndrome do pânico.
Segundo o autor Andres Gomez-Caminero, Ph.D., este amplo estudo destaca, pela primeira vez, o potencial para efeitos adicionais de diferentes condições psiquiátricas na saúde cardiovascular, e estabelece a base para novas pesquisas que busquem estimar o risco de doença cardiovascular entre pacientes com doença mental.
O estudo baseia-se em históricos médicos de uma base de dados de 17 milhões de pacientes mantida em conjunto por 30 entidades provedoras de assistência médica administrada.
A síndrome do pânico envolve inesperados e repetidos episódios de medo intenso, acompanhados por sintomas físicos que incluem dor no peito, palpitações, perda de fôlego, tontura e desconforto abdominal. Pacientes com síndrome do pânico geralmente são mulheres, acima do peso, fumantes e têm história de depressão.
Em torno de 2,4 milhões de americanos anualmente vivem crises de pânico, com sintomas que se assemelham aos sintomas de um ataque cardíaco. A síndrome do pânico pode ser tratada com medicamento e psicoterapia.
A doença coronária refere-se aos processos que reduzem o fluxo de sangue arterial para o coração. Cerca de 14 milhões de americanos tem histórico de doença coronária, o que lidera a causa de morte nos Estados Unidos.
Os autores da pesquisa dizem que o mecanismo pelo qual crises de pânico poderiam desencadear uma doença coronária não é conhecido. No entanto, notaram que certas respostas de stress na depressão têm mostrado aumentar o risco de doença coronária, o que reforça as conclusões do estudo, de que a associação entre síndrome do pânico e doença coronária sugere a necessidade de cardiologistas monitorizarem a síndrome do pânico no interesse de reduzir o risco de doenças coronárias.
De acordo com Jack Gorman, um professor de psiquiatria e neurologia da Mount Sinai School of Medicine, este estudo mostra mais uma evidência de que transtornos do humor e de ansiedade aumentam significativamente o risco para doenças cardíacas, indicando que mais pesquisas são necessárias para entender a relação biológica básica entre o cérebro e o coração que explique esse fenómeno.
Fonte: www.sciencedaily.com
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