BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


O caçador de pipas
(khaled hosseini)

Publicidade
Do longínquo e inescrutável Afeganistão nos chega um romance que tem tudo para ficar. Sim, O CAÇADOR DE PIPAS, de Khaled Hosseini, tradução de Maria Helena Rouanet, publicado pela Nova Fronteira em 2005, já é um clássico. O autor sabe do que fala. Filho de diplomata afegão, nascido em Cabul, asilou-se com a família nos Estados Unidos, após a invasão soviética. Com a história recente do Afeganistão, dos últimos dias da monarquia até os atuais, como pano de fundo, Hosseini nos oferece um portentoso painel da trajetória política daquele país, suas agruras, suas incertezas, seus descaminhos e, sobretudo, o indizível sofrimento da população civil, a sempiterna vítima da megalomania e dos desmandos de líderes e dirigentes ensandecidos. Destaque especial para a tragédia dos órfãos da guerra, milhares de crianças abandonadas, exploradas e vilipendiadas. O autor não se furta de pintar o quadro com fortes pinceladas de cores vivas. A trama central trata de sentimentos humanos, de perdas, de erros, de desacertos, de amizade, de traição e da desesperada busca da redenção do protagonista tentando perdoar a si mesmo. Aborda também a insuportável convivência do cidadão com o estado burocrático, frio e impessoal, um fim em si mesmo; a difícil e muitas vezes frustrante caminhada pelos meandros ditos legais e que muitas vezes não levam a lugar algum. Amir, o protagonista, talvez um alter ego do autor, mesmo com uma vida estável na América, vive atormentado pelos fantasmas do seu passado, especialmente a covardia que o levou a trair o amigo de infância, o irmão de leite, Hassan. Amir recebe, do Paquistão, um telefonema de Rahim Khan o grande amigo de seu pai, com a frase que vai mudar sua vida, permitir o reencontro com o passado e a remissão da culpa que o consome: Venha aqui. Há um jeito de ser bom de novo. Amir volta ao seu país e ao seu passado. Recuperar o filho de Hassan é a forma também de redimir-se. Nesta busca, na corrida contra o tempo pelos tortuosos caminhos de um Afeganistão subjugado pelo fundamentalismo exacerbado do Talibã, o protagonista vai se encontrando, enfrentando seus próprios demônios e se recompondo. Neste ponto o texto se adensa e prende de vez o leitor. É simplesmente impossível parar a leitura. A cada parágrafo, a cada palavra, cresce a tensão e somos conduzidos pelo enredo seguro e pungente que não raras vezes nos transporta e emociona. O CAÇADOR DE PIPAS é, assim, um texto que trata dos grandes temas universais, dos valores, das interrogações e dúvidas que diuturnamente atormentam a humanidade. É, também, um mergulho na alma do homem, perpetuamente conduzida pelos sentimentos, especialmente os quatro gigantes de que nos falava Myra y Lopez. Leitura imperdível. TM – ano 4 – nº 14 jul/ago 2006



Resumos Relacionados


- O Caçador De Pipas

- O Caçador De Pipas

- O Caçador De Pipas

- O Caçador De Pipas

- O Caçador De Pipas



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia