Mesmo não estando neste mundo, pude reencontrá-los
(Tatiana Bonemer)
Era tarde, tudo aconteceu no interior de Minas, na cidade de Uberlândia. Eu morava ali fazia apenas um ano. Estava me preparando para o vestibular, longe de meus pais e de meus amigos. No meio do ano, passei por um momento pessoal e muito difícil. Estava aflita e não confiava em ninguém para pedir socorro. Passei várias noites mal dormidas até que um dia, em mais uma daquelas madrugadas de aflição, consegui adormecer, e foi nesse momento que tudo aconteceu. Pude ver uma luz forte no final do corredor, em que cheguei mais perto para confirmar. Ali, estavam sentados minha avó (falecida desde 1991) e meu avô (falecido desde 1870), em uma mesa redonda, onde sorriam para mim. Corri e abracei minha avó já pedindo uma resposta para aquela aflição que tanto me incomodava. E com aquela voz mansa e suave, ela disse: “Não se preocupe, a resposta é não”. Por fim, meu avô, que só o conhecia por foto, me abraçou e me puxou para o meio da sala, onde começamos a dançar valsa. E de repente, quando me dei conta do que estava acontecendo, quando percebi que eles não viviam mais neste mundo, fiquei com medo e acordei, esperando que tudo aquilo não tivesse passado de um sonho. Mas fui surpreendida mais uma vez, já acordada, quando uma brisa fria e lenta pousou sobre meu rosto, como um beijo de despedida e de saudade.
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