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Valentino, o Gnóstico
(Jairo de Lima Alves)

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Valentino, o Gnóstico
Entre os grandes formadores da mentalidade cristã e ao lado de nomes conhecidos como Tomé, João e Paulo, deve ser mencionado um grande mestre cristão que atuou em Roma nos anos 130-140 dC e era proveniente do Egito.
Seu nome foi extirpado da tradição cristã, mas numa consideração especificamente histórica - que é a nossa aqui - não se pode omiti-lo, pois foi importante demais. Os seguidores de Valentino, que a partir da primeira parte do século II se espalharam de Roma por toda parte e tiveram grande sucesso durante séculos, autodenominavam-se, com orgulho, de ‘gnósticos’, ou seja: os que sabem, que entendem, diante de ignorantes e ingênuos. Houve gnósticos famosos como Taciano que elaborou o primeiro evangelho unificado (juntou os quatro evangelhos num só) que foi lido e copiado durante séculos, no Oriente cristão sobretudo, ou ainda Marcião que fez uma releitura genial da obra do Apóstolo Paulo. O gnosticismo era um movimento de intelectuais e o próprio Valentino foi um homem de extraordinária inteligência, cuja proposta não pode ser omitida, mesmo num breve relato como este. Ele ensinava que o mundo foi originalmente puro espírito mas que por algum erro entrou a matéria. Precisa-se fugir da matéria, deixá-la de lado, e cultivar o espírito. Só os gnósticos escapam, pois só eles conhecem essa história da formação do mundo. Os demais, vivem na superficialidade e no erro. O gnosticismo ora desemboca num ascetismo severo, ora numa licenciosidade anárquica, nunca num compromisso sério com a construção de um mundo melhor.
Para o gnóstico, o mundo não tem importância. Precisa-se fugir dele através de um conhecimento superior, deixando ele perder-se no vácuo.
Embora o gnosticismo fosse rejeitado pela igreja, deve-se reconhecer sua grande influência sobre o cristianismo histórico. Muitos ainda hoje aceitam o ‘dogma’ gnóstico de que só o espírito vale, a matéria não. Eles dizem: precisa-se buscar a Deus em oração, não engajar-se em movimentos sociais. E oram: ‘Pai nosso que estas no céu’, mas não ‘seja feita a tua vontade na Terra’. Pois a Terra, afinal, não vale nada e por isso os ‘sem-terra’ estão equivocados, deviam desprender-se de preocupações puramente materiais, como a da conquista da terra e suplicar a Deus pela salvação de suas almas.



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