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Culpabilidade dos pais
(Maria João Moura - Psicóloga da área Clinica e de Aconselhamento)

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Ao contrário do que possa parecer à primeira vista, os psicólogos não estão em luta contra os pais.- É um facto real de que a forma como os pais educam e amam os seus filhos vai influenciar o seu desenvolvimento.- Também é um facto que maus tratos infligidos à criança vai ter consequências nefastas ao nível do seu desenvolvimento psíquico e físico.- Não é verdade que atrás de cada criança com problemas estejam sempre pais que não a amem e não queiram o seu bem.- Não é verdade que cada criança com problemas esteja a ser vitima de maus tratos.- É verdade que muitas vezes os pais, quando chamados à atenção (normalmente pela escola) para algum problema que o filho apresente, sentem-se imediatamente culpabilizados, como se tivessem alguma responsabilidade directa e intencional no mal estar do seu filho.Por vezes atrás de cada criança estão pais também eles em sofrimento e que por razões maiores, não conseguem evitar que isso transpareça para a criança.É verdade que os pais não vão ser 100% perfeitos na educação dos seus filhos, nem é isso que se pretende. Muitas vezes vão errar e aprender com os seus erros. É importante que saibam que ao procurar ajuda psicológica para os filhos, vão também ter um papel muito importante na terapia com essa criança e dessa forma estão a ajudar-se a si e à criança. Nessa altura têm a oportunidade de rever o que poderão estar a fazer menos bem e perceber porque estão a agir de determinada forma, já que algumas incorrecções que surgem, significam que algo no próprio desenvolvimento dos pais, também esteve menos bem. Nós, psicólogos das crianças, queremos trabalhar em conjunto com os pais, ajudando-os o mais possível a também se sentirem felizes. Porque, pais felizes geram filhos felizes, e quanto mais os pais se sentirem culpados, mais necessidade podem ter de não reconhecer que algo está mal, e nessa altura, já não estão a ajudar os filhos nem a si mesmos.“Errar é humano” e os pais também erram (felizmente), porque não existe ninguém perfeito e o melhor pai/mãe é aquele que consegue reconhecer e aprender com os seus erros, conseguindo assim minimizá-los.Neste meu discurso não quero dizer que se desculpabilizem os maus tratos infligidos às crianças, que infelizmente continuam a ocorrer com grande frequência. E esses sim, deveriam ser punidos de forma mais severa e os serviços de protecções de menores ser mais eficaz no nosso País. Mas é importante que se consiga “separar o trigo do joio”, o facto da comunicação social alertar cada vez mais esses casos (e ainda bem que o faz), não significa que todos os pais possam estar a ser negligentes ou abusadores. O técnico tem nas suas mãos uma arma muito potente, não pode por isso utilizá-la de forma leviana, tem que haver responsabilidade e bom senso da sua parte, para não cair em erros de julgamento e mau diagnóstico.



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