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O RETRATO DE DORIAN GRAY
(Oscar Wilde)

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Este notável romance de Oscar Wilde, de forte cariz estético, conta a história fictícia de um jovem chamado Dorian Gray, na Inglaterra aristocrática e hedonista do século XIX. Dorian vem tornar-se modelo para uma pintura do introspectivo artista Basil Hallward. Tornou-se não apenas modelo de Basil pela sua beleza física (um "Adônis que se diria feito de marfim e pétalas de rosa"), mas também uma fonte de inspiração para outras obras e, implicitamente no texto, uma paixão platônica por parte do pintor.

Todavia o seu retrato, que Basil não quer expôr por ter colocado "muito de mim mesmo", foi sua grande obra-prima. Lord Henry Wotton, um aristocrata cínico e hedonista típico da época e grande amigo de Basil, conhece Dorian e o seduz para sua visão de mundo, onde o único propósito que vale a pena ser perseguido é o da beleza e do prazer: "sou de parecer que se o homem vivesse plena e totalmente a sua vida, desse forma a todo sentimento, expressão a toda idéia, realidade a todo devaneio... creio que o mundo receberia um novo impulso eufórico,um impulso de alegria que nos faria esquecer todos os males do medievalismo e voltar aos ideais helênicos..." No entanto, segundo Henry, a beleza é efêmera.

Até mesmo a inteligência lhe é prejudicial: "a beleza, a verdadeira beleza, acaba onde principia a expressão inteligente", enquanto que "a beleza é uma forma de gênio... mais elevada que o gênio, pois dispensa explicação". Dorian foi seduzido pelas palavras de Henry e pela tristeza de seu destino: "o senhor dispõe só de alguns anos para viver deveras, perfeitamente, plenamente.

Quando a mocidade passar, a sua beleza ir-se-á com ela; então o senhor descobrirá que já não o aguardam triunfos, ou que só lhe restam as vitórias medíocres que a recordação do passado tornará mais amargas que destroçadas.". Ao ver-se em seu retrato finalmente pronto, exaspera-se: "Eu irei ficando velho, feio, horrível.

Mas este retrato se conservará eternamente jovem. Nele, nunca serei mais idoso do que neste dia de junho... Se fosse o contrário ! Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse !... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!" De fato, seu desejo se realiza e Dorian dedica sua vida a perseguir o ideal de Lord Henry. Dorian, o jovem esteta, relaciona-se com uma atriz, apaixona-se pela artificialidade com que ela encarna as suas personagens. Quando ela se apaixona por Dorian dá um toque de profundo realismo na sua representação, fazendo assim, sem se dar conta, com que a fascinação de Dorian desapareça e ele a despreze.

De um jovem ingênuo, torna-se o mais amoral e belo dos hedonistas, enquanto que secretamente o seu retrato registra na face pintada cada marca que seus atos impingem em sua alma. Dorian só se dá conta do porquê quando no dia seguinte sabe do suicídio da atriz. A partir daí mantém uma secreta relação de sadismo e masoquismo pelo quadro. Começa, então, a verdadeira viagem de Dorian.

Basil torna-se em mais uma vítima de Dorian quando demonstra preocupação pelo amigo e é assassinado por ele. Desde esse momento o jovem esteta vive em um estado de terror que termina com o esfaqueamento do quadro por Dorian, porém quem morre é ele. Dorian fica de tal forma desfigurado que só o reconhecem pelos aneis, enquanto que o quadro recupera as características iniciais.

Obra de profundidade, cujo valor literário registra-se inestimável no mundo ocidental.

Leitura obrigatória para aqueles que sempre estão às voltas com suas introspecções. E quantos Dorian Gray não existem por aí?



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