Resumo de Público -

A ex-deputada libertada ontem pelas FARC Gloria Polanco assegurou que Ingrid Betancourt, que foi sequestrada há seis anos, está "muito doente". Outro dos reféns libertados, o ex-congressista Luis Eladio Pérez, acrescentou que viu a ex-candidata presidencial colombiana "há exactamente 23 dias, no dia 4 de Fevereiro, durante poucos minutos" e que ela estava em condições de saúde muito difíceis.Em declarações à cadeia de televisão TeleSur, à chegada ao aeroporto de Maiquetía, em Caracas, Pérez - antigo presidente da comissão de relações internacionais do Senado, e que durante o cativeiro se tornou um dos amigos mais próximos de Ingrid Betancourt - afirmou que esteve com ela "numa marcha" quando "ela conseguiu escapar" por uns momentos, bem como o próprio Pérez, ao controlo da guerrilha.O ex-congressista avançou que a ex-candidata presidencial colombiana tem problemas de fígado e que está mal, física e moralmente. Pérez pediu que o mundo "reclame em uníssono a sua libertação".Luis Eladio Pérez indicou ainda que as condições em cativeiro são "desumanas" e que ele próprio sofreu um enfarte, uma falha renal e "todas as doenças típicas dos trópicos".Os quatro ex-congressistas reencontraram-se com os seus familiares depois de chegarem ao aeroporto de Maiquetía. Gloria Polanco de Lozada, Orlando Beltrán Cuéllar, Luis Eladio Pérez e Jorge Eduardo Géchem Turbay chegaram de avião a partir do aeroporto venezuelano de Santo Domingo, onde aterraram os helicópteros que os foram buscar à selva.A operação desencadeada ontem foi semelhante à realizada em Janeiro para resgatar a antiga congressista Consuelo González e Clara Rojas, colaboradora de Betancourt – as primeiras duas reféns libertadas na sequência das negociações encetadas por Chávez. Cumprindo as coordenadas transmitidas na segunda-feira pela guerrilha, os helicópteros enviados pela Venezuela partiram ao início da manhã para a selva de Guaviare, no Sueste da Colômbia, a mesma área onde Clara Rojas e Consuelo González foram resgatadas. Os quatro políticos foram sequestrados entre Agosto de 2001 e Fevereiro de 2002, em acções quase sempre espectaculares protagonizadas por “comandos especiais” da guerrilha marxista, apostada em sequestrar altas individualidades com o objectivo de as usar como moeda de troca para conseguir a libertação de guerrilheiros.

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