Arqueologia da Violência
(Pierre Clastres)
Capítulo 2 – Uma etnografia selvagem
O relato feito pelo autor sobre a tribo indígena dos Yanoamami que raptou a então menina E. Valero que conviveu durante dos 9 aos 22 anos na comunidade é importante na medida em que E. Valero faz essa triagem entre a convivência durante esses 13 anos juntamente com os índios sem perder necessariamente suas raízes brancas.
A convivência na tribo a fez fugir do chabuno e sobreviver durante meses na floresta sem fogo. A mulher em relação ao homem branco raptado é um bem a ser considerado. E. Valero conviveu nessa dualidade costume e cultura índia x branco sem perder o senso crítico acerca de sua concepção.
Essa etnografia que descreve que a cultura desse povo, suas atividades, sua religião, língua, raça, etc., feita por uma branca com características vividas é por demais enriquecedor, uma vez que a avaliação é rica em detalhes e assim como afirma o autor, deixaria um gago com fala hesitante diante da abundância dessa vida primitiva. O autor também nos remete que tal aproximação é como se fosse uma invasão que ao mesmo tempo em que é instigante torna-se perniciosa.
Capítulo 3 – O ponto alto da excursão
Uma excursão é iniciada a uma aldeia indígena, os rosados estão na mira dos mosquitos. Os membros da excursão fazem trocadilhos sobre o local onde os índios vivem, estão à margem da realidade indígena. Fazem tal excursão como uma novidade qualquer. A troca existente entre os brancos que através do dinheiro querem adquirir as coisas indígenas é de uma invasão ímpar. A excursão pela excursão já é uma agressão, veja lá tentar mensurar os objetos indígenas bem como suas fotos através do dinheiro. Os brancos tratam os índios como comerciantes ao passo que estes – nessa visão míope – deveriam ser atendidos com todas as honras.
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