A assinatura de Colombo
(Marco Antonio Santos Cruz)
A ASSINATURA
DE COLOMBO
Cristóvão Colombo teria alimentado um mistério acerca de muitos
episódios de sua vida. A provável ascendência judaica de Colombo justificaria
tais segredos. Tal hipótese provocou furor,
desde que foi defendida por Salvador de Madariaga.
Os ancestrais do almirante teriam
abandonado a Península Ibérica, provavelmente a Catalunha ou a ilha de Maiorca,
para escapar às perseguições de 1391. Este fato está de acordo com a afinidade
que Colombo, sendo genovês, tinha com a língua espanhola e ainda seus profundos
conhecimentos bíblicos. O caráter “estranho” de sua assinatura não deixaria de
estar relacionado com a cabala [esoterismo judaico].
Chegou-se até a pensar que ele como
cripto-judeu procurou as Índias para nela instalar seu povo ameaçado de
expulsão. Tal argumento , entretanto não tem corroboração textual histórica e,
na verdade, nunca foi usado entre seus detratores.
Voltemos à assinatura de Colombo. Ela era
formada por siglas simetricamente dispostas:
.S.
.S.A.S.
X M Y
Segundo Alain Milhou, as siglas seriam a reunião das
devoções fundamentais do genovês. Os três S
seriam um lembrete da aclamação da missa:”Sanctus,Sanctus,Sanctus, Dominus deus Sabaoth. ..”Na linha inferior
ele estaria evocando o culto à virgem Maria e a São João Batista. Quanto ao X, ele seria uma clara referência ao
prenome do navegador, cuja significação, O Portador de Cristo, lhe era cara.
Resta o A, frequentemente analisado
como abreviação de Adonai, um dos nomes do altíssimo ou ainda o A seria de Ave, que permitiria ler, na vertical, Ave Maria.
Assim, poderíamos ler:
Sanctus
Sanctus Ave sanctus
Xpoforus Maria Yoannes
Através disto entramos no universo
espiritual de Cristóvão Colombo. Segundo seus biógrafos ele rezava em todas as horas
canônicas, como os padres e religiosos. Marianne Mahn-Lot afirma que o
navegador pertencia à Ordem terceira dos franciscanos.
Disse Colombo: “O ouro é coisa excelente.
Quando o possuímos, fazemos tudo o que queremos neste mundo, inclusive conduzir
as almas ao Paraíso”.
Tupi.
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